(ANSA) – A Candidatura d’Unitat Popular (CUP), o partido esquerdista que defende a independência da Catalunha, anunciou que o Parlamento de Barcelona oficializará a separação da região da Espanha na próxima segunda-feira (9). “Será proclamada a independência e a República da Catalunha”, disse a deputada Mireia Boya.
No entanto, a parlamentar admitiu que não há um acordo nem consenso entre os partidos separatistas sobre como o Parlamento agirá na declaração da independência.
Além da CUP, o partido Junts pel Sì solicitou a presença do presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, na sessão plenária de segunda-feira do Parlamento. Em entrevista à rede BBC, Puigdemont garantiu que a declaração de independência da Catalunha será “questão de dias”. “Agiremos no fim de semana ou no início da próxima”, anunciou. A tensão política na Espanha está alta devido ao plebiscito realizado no último domingo e pelo qual a Catalunha afirma ter conquistado sua independência.
Ontem, o rei da Espanha, Felipe VI, fez um pronunciamento público para acusar a Catalunha de “descumprir” a Constituição e promover uma “fratura” na sociedade espanhola. Nesta manhã, o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, fez um apelo para que o governo de Madri e o da Catalunha “usem o diálogo” para resolver a crise e evitar novos casos de repressão policial, como ocorrera durante a votação de domingo. “Ninguém gostou dos eventos de domingo. Mas as decisões unilaterais, incluindo a declaração de independência de um país da UE, estão em conflito com a ordem jurídica europeia e estão destinadas a provocar divisões perigosas”, comentou.
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O governo espanhol sempre se opôs à independência da Catalunha e prometera fazer todo o possível para evitar a convocação da consulta popular. Madri acusa a votação de ser ilegítima, já que menos da metade da população compareceu às urnas.
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