O mês de março, em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, no dia 8, também é marcado pela luta em favor da vida das mulheres, com ênfase na prevenção e controle do câncer do colo do útero, com a campanha Março Lilás. O objetivo é destacar as informações sobre esse tipo de câncer, bem como as ações possíveis para prevenção, a melhor forma de combate.
O câncer de colo de útero é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama. No Brasil, a taxa de mortalidade por câncer do colo do útero, ajustada pela população mundial, foi 5,33 óbitos/100 mil mulheres, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Para cada ano do triênio 2020-2022, são esperados 16.710 novos casos, com um risco estimado de 16,35 casos a cada 100 mil mulheres brasileiras.
Conforme explica o presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN (Sogorn), Robinson Dias, esta doença é desencadeada pela infecção persistente por alguns tipos do HPV, o papilomavírus humano. A infecção por esse vírus é recorrente e, muitas das vezes, não evolui, no entanto, em alguns casos acontecem modificações celulares que podem evoluir para o câncer. Em suas fases mais avançadas podem aparecer sinais como sangramento vaginal, corrimento vaginal (leucorreia) de cor escura e com mau cheiro, e dor na região pélvica.
Apesar de ser um tratamento simples, se identificado em sua fase inicial, esta doença pode não apresentar sintomas. Por isso, a importância do exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), alerta o presidente. “O câncer do colo de útero é uma doença silenciosa. A maior probabilidade de aparecimento de sintomas é em fases mais avançadas da doença. O exame preventivo é essencial para identificarmos lesões precursoras, então podemos ter o diagnóstico precoce, pois, isso deve ser feito anualmente”, reforça Robinson Dias.
Além do exame periódico, o obstetra acrescenta que o uso do preservativo (camisinha) também é uma ação necessária para garantir a proteção de homens e mulheres em suas relações sexuais.
Vacina contra HPV previne a doença
Já é comprovado que a vacinação contra o HPV é fundamental para o controle do câncer do colo do útero. Está disponível a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Ela protege contra 4 tipos muito frequentes de HPV: 6, 11, 16 e 18. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.
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