(ANSA) – Os caças franceses do porta-aviões Charles de Gaulle decolaram pela primeira vez nesta segunda-feira (23) para realizar ataques contra bases do Estado Islâmico (EI) na Síria. A embarcação estava atracada em Toulon, no sul da França, mas foi deslocada para o Mediterrâneo oriental após os atentados de 13 de novembro em Paris, que foram reivindicados pelo EI e mataram 130 pessoas.
O navio ainda é apoiado por outras unidades navais da Marinha do país europeu. Sua presença permitirá à França triplicar seu potencial militar nos ataques contra o Estado Islâmico. Na última quinta-feira (19), o presidente François Hollande já havia ordenado a intensificação dos bombardeios contra o grupo jihadista na Síria e também no Iraque.
Ao reivindicar os atentados em Paris, o EI disse que eles eram uma resposta à presença francesa na coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, que há mais de um ano realiza operações aéreas para conter o avanço dos extremistas.
No entanto, em entrevista ao jornal “Le Monde”, o ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, afirmou que uma vitória sobre o Estado Islâmico passará, em determinado momento, por uma presença terrestre. Ainda assim, ele descartou o envio de tropas. “Hoje essa hipótese não está prevista, mas devem haver atores que reconquistem os territórios perdidos”, explicou.
Os ataques terroristas do dia 13 de novembro são considerados os piores da história francesa. Durante a noite, três homens se explodiram nos arredores do Stade de France – onde acontecia um amistoso entre França e Alemanha -, outros três invadiram a casa de espetáculos Bataclan e também se suicidaram e uma terceira equipe atirou contra restaurantes dos 10º e 11º arrondissements de Paris.
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