A BRF apurou crescimento de 7,2% na receita operacional líquida do quarto trimestre de 2018 em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 9,5 bilhões. No comparativo anual, o aumento foi de 3,2%, atingindo R$ 34,5 bilhões em 2018.
A evolução foi puxada pelo aumento de vendas Brasil e o bom desempenho do mercado muçulmano (Halal), com o crescimento médio de preços em ambos os mercados. Dessa forma, a margem Ebtida, que mede a eficiência operacional da BRF, fechou em 8,8% no 4T18, uma melhora relevante em relação aos períodos anteriores – 6,9% no terceiro trimestre e 4,6% no segundo trimestre de 2018.
Os resultados positivos, no entanto, não atenuaram o impacto de fatores não recorrentes no período, ligados às baixas contábeis dos ativos vendidos, ajustes operacionais de reestruturação e gastos após investigações policiais. Assim, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 2,1 bilhões no 4T18.
“Apesar do ano bastante desafiador, fechamos 2018 com um caixa de R$ 7 bilhões, o que quer dizer que, somados aos recursos dos desinvestimentos que vamos receber ao longo do ano, já temos dinheiro em caixa para fazer frente a todos os compromissos da nossa dívida que vencem em 2019”, explica o diretor vice-presidente executivo global da BRF, Lorival Luz.
A relação entre a dívida líquida e o Ebtida, uma das prioridades da administração da BRF, caiu para 5,12 vezes no trimestre, entrando numa trajetória declinante após ter atingido 6,74 vezes no 3T18. Para 2019, esse número deve chegar a 3,65 vezes, iniciando uma segunda etapa do programa de gestão da dívida, que vai permitir alongar os prazos e reduzir os custos, gerando assim fluxo de caixa positivo no ano.
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