(ANSA) – O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) informou nesta quarta-feira (3) que o Brasil contabilizou mais 1.910 óbitos e 71.704 contágios nas últimas 24 horas na pandemia de Covid-19, elevando os totais de vítimas para 259.271 e de contaminações para 10.718.630.
Com os novos dados, o país tem a pior marca de mortes desde o início da pandemia, superando o recorde batido ontem (2), quando foram contabilizadas 1.641 vítimas.
O Brasil vive atualmente o seu pior momento da pandemia desde março do ano passado e já está há 42 dias registrando média de mortes acima da marca de 1 mil.
Segundo especialistas, o território brasileiro tem a curva de mortes mais acelerada entre as nações com mais óbitos por Covid-19 em todo o mundo.
Hoje, dados da plataforma “Our World in Data”, da Universidade de Oxford, informou que a média móvel de mortes de sete dias do Brasil está acelerando desde o último dia 21 de fevereiro, quando chegou a 4,88 óbitos por 1 milhão de habitantes.
Ontem (2), inclusive, a taxa foi de 5,94 óbitos por 1 milhão de pessoas, alta de 21,6%. De acordo com o levantamento, o país está na contramão dos Estados Unidos, México, Índia e Reino Unido.
Em números absolutos, o Brasil fica atrás apenas dos EUA (518.458) no ranking de países com mais óbitos decorrentes da Covid-19, conforme levantamento da Universidade Johns Hopkins. Já em relação aos dados de infectados, o país sul-americano fica na terceira posição, atrás de EUA (28.764.731) e Índia (11.139.516).
Em meio à aceleração nos números de casos e mortes no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro falou hoje a apoiadores sobre a pandemia.
“Criaram pânico, né? O problema está aí, lamentamos. Mas você não pode entrar em pânico. Que nem a política, de novo, do ‘fique em casa’. O pessoal vai morrer de fome, de depressão?”, indagou.
A declaração foi dada em conversa com seguidores no Palácio da Alvorada, em Brasília. Imagens do momento foram publicadas nas redes sociais e é possível ver o presidente fazendo também novas críticas à imprensa.
Para Bolsonaro, a mídia brasileira acredita que ele é o vírus. Nesta nova onda da Covid no país, os estados estão anunciando novas regras para tentar conter o avanço da doença e evitar o colapso no sistema de saúde pública.
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