(ANSA) – O Ministério da Saúde informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a vacinação contra o coronavírus Sars-CoV-2 começará no país cinco dias após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dar a autorização para o uso do imunizante – seja o registro emergencial ou definitivo.
Em manifestação enviada nesta quarta-feira (15), o órgão ainda afirma que os grupos prioritários citados no plano nacional de vacinação da Covid-19 devem ser imunizados em quatro meses, sendo que essa ação é de responsabilidade dos estados e dos municípios.
O documento é uma resposta ao pedido do ministro Ricardo Lewandowski que questionou o Ministério por não dar uma data nem de início nem de fim da campanha no plano apresentado no último sábado (12). O governo argumenta que não tem como dar uma data precisa porque depende de todo o trâmite técnico da Anvisa.
O plano de vacinação gerou polêmica na última semana por incluir assinaturas de 36 cientistas que informaram que sequer tinham visto o documento e por não dar datas para a vacinação. Outra dúvida sobre o planejamento é que o governo dá como “garantidas” 300 milhões de doses das vacinas, mas ainda faltam fechar os acordos com a Pfizer e BioNTech e também a informação de quando serão distribuídas as vacinas da iniciativa Covax Facility.
O governo apostou a maior parte da compra na parceria firmada entre a Fundação Oswaldo Cruz e a farmacêutica AstraZeneca, que produz o imunizante da Universidade de Oxford. No entanto, a vacina ainda está distante de conseguir a aprovação em qualquer país por conta de problemas na fase final de testes clínicos.
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