Um protótipo para geração híbrida de energia elétrica foi lançado nesta sexta-feira (4), na Usina Hidrelétrica de Balbina, localizada no município de Presidente Figueiredo, no Amazonas. O projeto consiste na instalação de placas solares sobre flutuadores, que serão mantidos no reservatório da usina e vão aproveitar toda a infraestrutura já existente para a transmissão da energia gerada.
“É uma operação ganha-ganha. Se eu tenho energia solar, posso administrar o uso da água”, avaliou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, durante a cerimônia de inauguração do projeto-piloto. Quando estiver em funcionamento pleno, serão mais de 50 mil metros quadrados com as placas geradoras de eletricidade, equivalente a cinco campos de futebol.
Este será o primeiro estudo sobre a instalação de uma usina solar flutuante instalado no lago de usinas hidrelétricas no mundo. O sistema permite aproveitar as subestações e linhas de transmissão das hidrelétricas e a área sobre a lâmina d’água dos reservatórios, evitando desapropriação de terras. Projetos similares já foram iniciados em outros países, mas em reservatórios comuns de água, não em hidrelétricas.
Na próxima semana o MME deve inaugurar projeto semelhante na usina de Sobradinho, na Bahia. O cronograma prevê a geração de até 5 MWp (Megawatt-pico) em cada uma das usinas, o que poderia garantir o abastecimento energético de 9 mil residências.
As entidades que participarão do projeto são Sunlution, WEG, Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (FADE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fundação de Apoio Rio Solimões (UNISOL) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Os projetos serão realizados com recursos destinados a ações de Pesquisa & Desenvolvimento pelas empresas, com previsão de investimentos de quase R$ 100 milhões (R$ 49,964 milhões da Eletronorte e R$ 49,942 milhões da Chesf), em ações previstas até janeiro de 2019.
O projeto de pesquisa analisará o grau de eficiência da interação de uma usina solar em conjunto com a operação de usinas hidrelétricas. A pesquisa focará fatores como a radiação solar incidente no local; produção e transporte de energia; instalação e fixação no fundo dos reservatórios; a complementariedade da energia gerada; e o escoamento desta energia. Os resultados dos projetos permitirão avaliar a eficácia da produção média de energia solar nesses locais.
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