(ANSA) – O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que é um “roubo” a taxa de visitação de praias que o governo federal cobra na ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco. O chefe de Estado ainda estuda acabar com a tarifa.
O turista precisa pagar duas taxas para conseguir entrar no famoso arquipélago. Uma é do governo de Pernambuco, que cobra R$ 73,52 dos visitantes por dia de permanência. A outra – que foi criticada por Bolsonaro – é cobrada pelo governo federal para os turistas entrarem no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.
Os brasileiros pagam R$ 106, já a taxa para turistas estrangeiros é de R$ 212. De acordo com o Instituto Chico Mendes (ICMBio), que administra os parques nacionais, 70% deste valor é destinado para melhorias do local. O parque possui diversos animais ameaçados de extinção, além de ser Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco.
“Isso explica porque quase inexiste turismo no Brasil. Isso é um roubo praticado pelo governo federal. Vamos rever isso”, escreveu Bolsonaro.
A taxa é cobrada desde 2012 pela empresa EcoNoronha, que venceu uma licitação. O valor é pago por pessoa e dura 10 dias. Além disso, ao pagar a quantia, o turista pode ter acesso às principais praias e trilhas do local.
“Ele fez um comentário em cima de uma taxa federal. Ele administra isso aí. Se ele acha que está inadequada, cabe ao presidente da República tomar as providências”, disse o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, em uma entrevista coletiva.
O Brasil não é o único país que cobra taxas para visitação. Nos Estados Unidos, por exemplo, o valor para entrar no Grand Canyon, no Arizona, custa US$ 20 (cerca de R$ 80), se entrar a pé, e US$ 80 (cerca de R$ 140) se optar em usar um carro.
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