O presidente Jair Bolsonaro (PL) reapareceu em público nesta sexta-feira (30 de dezembro) para fazer uma live sobre seu governo e condenou o ato terrorista feito por apoiadores no último fim de semana em Brasília.
A aparição deve ser a última antes da viagem do mandatário para os Estados Unidos, onde ficará um mês.
Com isso, está confirmado que o político quebrará a tradição mantida desde a redemocratização e não passará a faixa presidencial para seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ele criticou a ação de um empresário, que, no último dia 24, colocou uma bomba em um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília. O empresário confessou que pretendia cometer um atentado na capital federal para chamar atenção do movimento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e queria, assim, impedir a posse de Lula da Silva.
“Nada justifica essa tentativa de um ato terrorista aqui na região do aeroporto de Brasília. Nada justifica um elemento, que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com nenhum cidadão“, disse durante a live.
Bolsonaro também indicou que respeitará a transição democrática de poder e que “o mundo não vai acabar no dia 1º de janeiro”, quando Lula tomará posse.
“Não tem essa de tudo ou nada. O mundo não vai acabar […] e é preciso inteligência para mostrar que somos diferentes do outro lado e que nós respeitamos a Constituição“, afirmou.
Desde que Bolsonaro perdeu a eleição, grupos de bolsonaristas protestam contra o resultado das urnas e pedem por intervenção militar, o que é algo proibido pela Constituição.
Balanço de seu governo
Para Bolsonaro, o resultado de sua gestão nos quatro anos de governo foi “bastante positivo”, mesmo com desafios como a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia. Ele citou diversas medidas adotadas pelo governo, como a renegociação de dívidas do Financiamento Estudantil (Fies), o auxílio emergencial, o marco ferroviário, internet nas escolas, redução de impostos, reajuste do piso da educação e porte de armas para moradores de áreas rurais. Na avaliação do presidente, o porte de armas reduz a violência.
Com informações da ANSA*
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