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Auxílio Brasil de R$ 600 não será permanente, decide Câmara

Medida foi rejeitada por 338 votos a 159. Praticamente, apenas os partidos de oposição votaram por tornar o auxílio de R$ 600 permanente

A Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (13 de julho) requerimento da oposição para que o Auxílio Brasil de R$ 600 tenha duração ilimitada e não apenas de cinco meses, com fim previsto para dezembro. Foram 338 votos a favor do pagamento adicional de R$ 200 ficar limitado a este ano e 159 a favor de excluir esse prazo.

Os parlamentares ainda votarão mais duas emendas antes de concluir a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) das bondades. Atualmente, o Auxílio Brasil paga pelo menos R$ 400 por família, mas a PEC cria um pagamento extraordinário de R$ 200 de agosto a dezembro, com custo total para o governo de até R$ 26 bilhões.

O líder do PSB, deputado Bira do Pindaré (MA), disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmava antes de ser eleito que o Bolsa Família só servia para comprar votos e que por isso o governo quer limitar os pagamentos do auxílio só até dezembro. “É uma PEC eleitoreira. Queremos que o valor dos R$ 600 seja permanente, por prazo indeterminado”, afirmou.

O líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), rebateu que os R$ 200 adicionais serão pagos este ano com a arrecadação extraordinária da privatização da Eletrobras e dos dividendos da Petrobras para não aumentar o endividamento do país. “O compromisso do governo é, terminado o processo eleitoral, discutir novamente essa matéria e ver se podemos fazer isso [tornar permanente] dentro de todas as regras de responsabilidade fiscal”, disse.

Praticamente, apenas os partidos de oposição votaram por tornar o auxílio de R$ 600 permanente. As siglas da base aliada e as que costumam votar com o governo, inclusive aquelas com candidatura presidencial própria, como o MDB, se manifestaram contra a emenda. Dos governistas, apenas o Avante votou pelo pagamento por prazo indeterminado.

Líder da maioria na Câmara, o deputado Diego Andrade (PSD-MG) afirmou que o valor proposto pelo atual governo é mais de três vezes maior do que o pago pela oposição quando estava no governo, mas que limitar até o fim do atual mandato é “prudência”. “Até dezembro temos que acompanhar a inflação para saber se teremos que ter valor até maior”, discursou.

O deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) respondeu que nada indica que a inflação e a fome estarão diferentes em janeiro e que a intenção de limitar o pagamento ao período eleitoral visa melhorar a popularidade do presidente. “Esse destaque protege as famílias brasileiras mais pobres. O que estamos propondo é tirar o caráter eleitoreiro, oportunista, dessa PEC“.

As duas emendas que ainda serão votadas são também referentes ao auxílio. Uma, do Psol, exclui que os pagamentos do adicional ocorrerão de agosto a dezembro deste ano. A outra, do PCdoB, permite que a conta com o bônus do auxílio seja superior a R$ 26 bilhões.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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