Um atentado reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico deixou 22 estudantes mortos, incluindo 10 mulheres, em Cabul, capital do Afeganistão, nesta segunda-feira (2).
O ataque começou quando um homem detonou o próprio corpo dentro da instituição. Em seguida, dois terroristas começaram a disparar aleatoriamente, desencadeando o pânico.
Ainda não se sabe como os agressores conseguiram entrar armados na universidade, teoricamente protegida por postos de controle das forças de segurança.
Uma testemunha afirmou que os homens armados tinham como alvo os estudantes. “Eles atiraram em todos os alunos que viram”, disse Fathulla Moradi à Reuters, que conseguiu escapar ileso da universidade.
Em uma reivindicação no aplicativo Telegram, o Estado Islâmico afirma que “dois combatentes conseguiram atacar uma reunião organizada pelo governo afegão na Universidade de Cabul para diplomar juízes e investigadores”.
Foram necessárias seis horas para que os militares conseguissem matar os terroristas e colocar o campus em segurança. A suspeita é que os alvos do ataque fossem membros do governo.
“Vamos nos vingar desse ataque insensato e por cada gota de sangue derramada de estudantes inocentes hoje”, diz uma mensagem do presidente Ashraf Ghani, que proclamou luto nacional para esta terça-feira (3).
Escolas e estudantes estão entre os alvos preferidos de grupos extremistas, como o Estado Islâmico. Na semana passada, 24 pessoas já haviam morrido em um atentado suicida contra um centro educacional na parte ocidental de Cabul.
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