Pela primeira vez na história da astronomia, um grupo de cientistas observou o fim da vida de uma supergigante vermelha: a rápida autodestruição e agonia da estrela massiva antes de colapsar em uma supernova do tipo II. A observação fez parte de um estudo publicado nesta quinta-feira (6) no The Astrophysical Journal.
Pesquisadores da Universidade Northwestern, em Illinois, e da Universidade da Califórnia, em Berkeley, observaram a estrela que é 10 vezes mais massiva que Sol nos últimos 130 dias antes de sua explosão.
Localizada na galáxia NGC 5731, a cerca de 120 milhões de anos-luz da Terra, a estrela denominada supernova 2020tlf, ou SN 2020tlf, desafiou a imaginação anterior sobre como as supergigantes vermelhas se comportam pouco antes da sua morte.
Elas eram considerados relativamente quietas antes da morte, sem evidências de erupções violentas ou emissões de luz. As novas observações, no entanto, detectaram radiação brilhante da estrela em seu período final.
O Panoramic Survey Telescope (Pan-STARRS) de Astronomia da Universidade do Havaí detectou pela primeira vez a estrela massiva no verão de 2020, graças à enorme quantidade de luz que emana da supergigante vermelha. Poucos meses depois, no outono de 2020, a supernova iluminou o céu.
“Nunca vimos uma atividade tão violenta em uma estrela supergigante vermelha morrendo, que produziu uma emissão tão brilhante antes de entrar em colapso e entrar em combustão”, disse Raffaella Margutti, coautora do estudo.
Tal atividade sugere que pelo menos algumas dessas estrelas devem passar por mudanças significativas em sua estrutura interna, que então levam à expulsão tumultuada de gás, momentos antes de seu colapso.
O principal autor da pesquisa, Wynn Jacobson-Galán, comentou que é “um avanço na compreensão do que as estrelas massivas fazem pouco antes de morrer.”
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