Uma das palavras mais recorrentes hoje no mundo corporativo é “produtividade”. No centro dessa palavra, está o famoso ditado: “tempo é dinheiro”. Assim como os alquimistas buscaram a pedra filosofal no passado, muitas pessoas atualmente buscam o segredo de ser mais produtivo.
Ser produtivo é uma fórmula simples, mas difícil de ser executada. É fazer mais coisas com menos recursos, no caso, o tempo. O problema é que a cada dia parece que as 24 horas diminuíram. A cada dia estamos dormindo menos, aproveitando menos nosso tempo vago e, por outro lado, o tempo no trânsito aumentou, a pressão no trabalho também, o que pode acarretar em horas extras de trabalho em casa, que muitas vezes não será remunerado.
Um dos grandes vilões dessa falta de tempo, caro leitor, está em suas mãos agora: os aparelhos eletrônicos. Passamos cerca de 9 horas diárias em frente às telas eletrônicas. Em grande parte desse tempo, estamos nos distraindo nas redes sociais. E nas outras? Trabalhando, claro. Quem nunca respondeu uma mensagem de trabalho em horário de lazer?
O problema é a utilização exagerada dos aparelhos eletrônicos, tanto para distração quanto para o trabalho fora de hora. Essa dinâmica tem gerado, para nós, estresse no cotidiano, perda recorrente de memória e falta de foco em âmbito pessoal e profissional. Há aí um “borrão” entre o pessoal e o profissional. A soma disso tudo é uma sociedade cansada, deprimida e estressada.
Sabendo disso, líderes de empresas multinacionais, como Zuckerberg e o falecido Steve Jobs, sempre tentaram reduzir o número de questões para resolver no cotidiano e isso inclui até o quê e como se vestir. Ambos escolheram somente um conjunto de roupas, assim conseguiriam focar em problemas de suas empresas com mais facilidade.
O que esses líderes nos ensinam? Fazer várias coisas ao mesmo tempo, ou seja, ser multitarefas, pode não ser sinônimo de produtividade. Pode ser sinônimo de coisa malfeita. Focar é importante. Saber dosar o momento de trabalhar, se distrair e descansar também.
O que não contam nas empresas é que, assim como o tempo é dinheiro, o dinheiro é tempo. O dinheiro parece ser ilimitado, um papel que pode ser produzido, perdido e ganhado infinitamente. Mas o seu tempo de vida, esse não. Esse é limitado e efêmero. A produtividade real, ou seja, aproveitar o tempo que temos, deve ser muito bem selecionada e equilibrada entre o pessoal e o profissional.
*Artigo especial de Leonardo Torres, professor, palestrante e doutorando em comunicação e cultura midiática.
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