(ANSA) – Diversos argentinos de organizações sociais, sindicatos e partidos de esquerda convocaram um protesto para a próxima quinta-feira (6) contra a visita do presidente Jair Bolsonaro a Buenos Aires. A expectativa é de que o ato seja realizado na Praça de Maio, no centro da capital do país, onde está localizada a Casa Rosada, sede do governo. Lá, o brasileiro participará de uma reunião com o chefe de Estado da Argentina, Maurício Macri.
Sob o slogan “Seu ódio não é bem-vindo aqui”, a manifestação contará com a presença de grupos de direitos humanos e de minorias, como as Mães da Praça de Maio e a Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans, além do movimentos La Cámpora e o Movimento Evita, e de sindicatos de trabalhadores, como os que integram a Central de Trabalhadores da Argentina.
Nas redes sociais, os organizadores incentivaram o uso das hashtags #ArgentinaRechazaBolsonaro (Argentina rejeita Bolsonaro, em tradução livre) e #ellosno (eles não) para aumentar a visibilidade do ato. “A ascensão de Bolsonaro à presidência e sua contínua apologia à tortura e à discriminação fazem com que no Brasil cresçam todos os indicadores de violência racista, de gênero, feminicídios, homofobia e transfobia”, informou o grupo responsável pelo ato.
Além disso, os militantes pretendem fazer um protesto a favor da soberania para criticar as políticas tanto de Bolsonaro quanto de Macri. “O povo do Brasil sofre uma política de ajustes, privatizações e repressão que cresceu nos últimos meses”, acrescentou o texto de convocação, ressaltando que o país registrou “um considerável aumento da pobreza”.
Já sobre Macri, os representantes explicaram que, ao ser escolhido como presidente, a Argentina “foi ponta de lança na nova guinada à direita”.
O presidente do Brasil chega na Argentina nesta quarta-feira (5) em sua primeira visita oficial ao país, mas sua agenda ainda não foi divulgada. No entanto, é previsto que ele se reúna com Macri para debater temas da agenda bilateral e Mercosul. Em março, Bolsonaro visitou o Chile e também foi alvo de manifestações por parte de grupos feministas e de defesa dos direitos humanos. Os atos foram realizados no Palácio de La Moneda, onde o presidente se reuniu com o mandatário chileno, Sebastián Piñera.
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