(ANSA) – Após mais de 17 horas de discussões e de intensos protestos em Buenos Aires, a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou a reforma da previdência apresentada pelo governo nesta terça-feira (19).
A aprovação ocorreu pouco após às 7h (hora local) e contou com 128 votos a favor, 116 contra e duas abstenções. Os governistas gastaram um bom tempo dialogando com membros de sua base e até de peronistas que aceitaram conversar sobre a reforma para aprovar a medida, que deve reduzir os ganhos dos aposentados que recebem até 10 mil pesos por mês. De acordo com o “Clarín”, o governo se comprometeu a dar um bônus em março, através de um decreto, para esse grupo de afetados.
De acordo com cálculos oficiais, a Casa Rosada deve “economizar” cerca cerca de US$ 5,7 milhões em 2018 com a reforma.
Para a oposição e os sindicatos, a lei vai deteriorar os recebimentos de 17,6 milhões de pessoas, que perderão renda por conta do avanço da inflação. Por sua vez, o presidente Mauricio Macri defende que a mudança na fórmula do cálculo vai trazer benefícios e renda a médio e longo prazo.
Ontem (18), em protestos convocados pela oposição e pelos sindicatos contra a reforma, 162 pessoas ficaram feridas – sendo 88 agentes da polícia – e 60 foram presas durante os atos em Buenos Aires.
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