O aumento do preço da energia elétrica, que poderá ser de 40% neste ano, deve colocar o Brasil como o terceiro país com o custo mais alto entre um grupo de 27 países industrializados. O país encerrou 2014 na oitava posição do ranking, de acordo com levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
No fim do ano de 2014, o custo médio do MWh era de R$ 342,7. A entidade previa uma alta de 17% para 2015 mais o custo das bandeiras tarifárias, o que elevaria o valor a R$ 420,2. Com a decisão de que o Tesouro não vai mais bancar a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o novo valor deve chegar a R$ 479,8, atrás apenas dos valores cobrados na Índia e na Itália. Com isso, é inevitável a indústria repassar o aumento da energia para o consumidor final.
Esse aumento de até 40% tem uma causa de fatores, como o aumento do custo de geração causado pela seca – e que levou à adoção das bandeiras tarifárias – até o pagamento de financiamentos feitos nos últimos anos e o fim do subsídio do governo à CDE.
Preocupante
Depois da entrada do sistema de bandeiras tarifárias autorizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no início de janeiro, o custo médio da energia elétrica para a indústria brasileira subiu de R$ 360,85 por MWh para R$ 402,26 por MWh. O atual custo médio já inclui o reajuste de 0,9% da distribuidora Eletropaulo (SP), após autorização judicial referente a sua revisão tarifária de julho de 2014.
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