Os bastidores da política brasileira teve um grande abalo na noite desta quarta-feira (17) após uma reportagem, publicada pelo jornal “O Globo”, mostrar que o presidente da República, Michel Temer (PMDB), supostamente pede para comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Com a divulgação dos áudios, a oposição pediu a imediata convocação de eleições diretas. Para o deputado José Guimarães (PT/CE), líder da oposição, a solução para a crise “não pode ser outra”, além da convocação de eleições.
“A Casa não pode funcionar em uma crise desta dimensão, e que busquemos uma solução política para a crise. A solução não pode ser outra: é a convocação imediata de novas eleições. Esse é o melhor caminho para reconstruir o Estado de Direito, recompor a democracia e reunificar o país”, disse Guimarães.
Segundo o deputado, o andamento das reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo Planalto serão paralisadas, assim como os outros “serviços da Casa”.
A deputado Alessandro Molon (Rede/RJ) fez um pedido de impeachment de Temer logo após a revelação do caso. Ele também apoiou a convocação de eleições diretas para presidente do país. Molon disse que não há “fundamento que justifique que o Congresso, no meio de tantas suspeitas e investigações, possa fazer uma eleição indireta”.
“A espinha dorsal do governo foi quebrada hoje. O governo acabou, o governo Michel Temer acabou. O governo está encerrado”, disse Molon.
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