O WhatsApp, ferramenta de conversas instantâneas utilizada por mais de 1,5 bilhão de pessoas no mundo, pediu que seus usuários atualizem o app para sua versão mais recente. O alerta foi dado depois de o WhatsApp detectar uma vulnerabilidade no software que permitia ataques de hackers aos celulares que utilizam os sistemas operacionais da Apple (iOS) e do Google (Android).
A equipe de programação do aplicativo descobriu no início deste mês a falha que permitia que invasores inserissem o vírus e executassem códigos em dispositivos móveis. Informou ainda que fez alterações em sua infraestrutura no fim da semana passada para impedir que os ataques ocorram, acrescentando que apenas um número seleto de usuários parece ter sido alvo do vírus.
“O WhatsApp incentiva as pessoas a atualizarem para a versão mais recente de nosso aplicativo, bem como manter seu sistema operacional atualizado, para proteger contra possíveis ataques direcionados a comprometer informações armazenadas em dispositivos móveis”, disse um porta-voz da empresa nesta terça-feira, dia 14 de maio.
WhatsApp has announced that it discovered attackers were able to install surveillance software on to both iPhones and Android phones by ringing up targets using the app’s call function.
The app is used by 1.5bn people worldwide. https://t.co/Gc77zs06df
— Financial Times (@FinancialTimes) 13 de maio de 2019
A declaração foi feita após o jornal Financial Times ter informado que hackers conseguiram instalar um software de vigilância, desenvolvido pela empresa israelense de vigilância cibernética NSO Group, em iPhones e dispositivos móveis do sistema Android. O WhatsApp confirmou que o ataque tem as marcas de uma empresa privada que trabalha com os governos para entregar spyware, que assume o controle dos sistemas operacionais de telefonia móvel.
Esse vazamento é o mais recente de uma série de problemas do Facebook, proprietário do WhatsApp, que tem enfrentado fortes críticas por permitir que os dados pessoais de seus usuários sejam usados por empresas de pesquisa de mercado. O Facebook também foi questionado por sua resposta lenta ao uso da plataforma pela Rússia para divulgar informações falsas durante a campanha presidencial americana em 2016.
Questionado sobre o caso, o NSO Group disse que sua tecnologia “é licenciada para agências governamentais autorizadas com o único propósito de combater o crime e o terror”, acrescentando que não opera o sistema em si.
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