(ANSA) – Poucas horas após ser criticado pelo papa Francisco, o pré-candidato republicano Donald Trump disse, em debate televisionado realizado na noite da última quinta-feira, dia 18, que considera o líder religioso “maravilhoso”.
Mais cedo, o Papa o criticou pela proposta de construir um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México para deter a imigração ilegal. “Uma pessoa que pensa em construir muro, qualquer que seja, em vez de criar pontes, não é cristão. Isto não está no Evangelho”, disse o líder da Igreja Católica.
O magnata havia declarado dias antes que o considerava um homem “muito politizado” para ser líder da Igreja Católica. Mas Francisco também rebateu a acusação. “Graças a Deus que ele [Trump] disse que sou um político, porque Aristóteles define a pessoa humana como ‘animal político’, ou seja, sou humano”. Em debate realizado pela emissora “CNN” na Carolina do Sul, onde serão realizadas primárias no próximo dia 20, Trump tentou colocar panos quentes e disse que a troca de farpas “não se tratou de uma briga”.
“Creio que [o Papa] disse algo mais suave do que foi transmitido pela imprensa” disse, acrescentando que Francisco “ouviu apenas um lado da história” no que diz respeito a questão imigratória. O republicano ainda afirmou que pode se encontrar com Francisco “quando quiser”.
Mais cedo, ainda no debate, os pré-candidatos Jeb Bush e John Kasich se negaram a comentar o episódio. O filho e irmão dos ex-presidentes George Bush e George W. Bush, respectivamente, que é um católico devoto, disse que não comentaria o caso, mas destacou que “não questionaria a cristandade de outras pessoas”. “Eu não acho apropriado questionar a fé de Trump”. Kasich apenas disse ser a favor do Papa e elogiou seu trabalho à frente da Igreja Católica nos últimos anos.
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