Variedades

Aneel sugere que consumidor arque com 94% do fundo energético em 2022

Conta é utilizada para bancar ações e subsídios concedidos pelo governo no setor de energia

Vê se pode: a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs que o consumidor pague cerca de 98% da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), responsável por custear programas sociais e pesquisas no setor energético. De acordo com a proposta, o consumidor pagaria R$ 28,7 bilhões dos R$ 30 bilhões que devem ser destinados ao fundo em 2022.

Segundo a Aneel, os encargos seriam cobrados em tarifas já incluídas na conta de luz. O restante seria retirado de multas e recursos de programas de pesquisa energética.

De acordo com a área técnica da agência, o impacto tarifário médio será de 4,19% para os consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e de 2,13% para o Norte e Nordeste.

A proposta será submetida à consulta pública de 16 de dezembro a 31 de janeiro e ainda pode sofrer alterações.

Alta

O valor proposto pela agência para o orçamento total da CDE representa alta de 28,4% em relação ao orçamento deste ano, que foi de R$ 23,917 bilhões.

Já o valor que de fato será custeado pelos consumidores teve alta de 47%, ao passar de R$ 19,574 bilhões neste ano para a proposta de R$ 28,791 bilhões em 2022.

Motivos

Segundo a Aneel, as principais razões que motivaram o aumento no custo da Conta de Desenvolvimento Energético em 2022, foram:

Tarifa Social de Energia: custo do programa vai crescer R$ 2 bilhões em 2022 em relação a este ano, porque as famílias de baixa renda que têm direito ao desconto na conta de luz serão incluídas automaticamente a partir de janeiro. A previsão é quase dobrar o número de famílias beneficiadas, chegando a 23,5 milhões. Com isso, o orçamento do programa deve passar dos atuais R$ 3,6 bilhões para R$ 5,6 bilhões.

Conta de Consumo de Combustíveis: custo do programa vai aumentar em R$ 1,8 bilhão em 2022 na comparação com 2021, chegando a R$ 10,297 bilhões. O valor é usado para cobrir os custos de uso de combustíveis fósseis (óleo diesel e carvão, por exemplo) para geração termelétrica nos sistemas interligado e isolado.

CDE

A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) é um fundo setorial criado para custear diversas políticas públicas do setor elétrico brasileiro, como:

  • universalização do serviço de energia elétrica em todo o território nacional;
  • concessão de descontos tarifários a diversos usuários do serviço (baixa renda; rural; irrigante; serviço público de água, esgoto e saneamento; geração e consumo de energia de fonte incentivadas, etc.);
  • descontos na tarifa em sistemas elétricos isolados, como Roraima e demais áreas não conectadas ao sistema elétrico nacional.
  • Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) — custos de uso de combustíveis fósseis (óleo diesel e carvão, por exemplo) para geração termelétrica nos sistemas interligado e isolado.

Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.

Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Botão Voltar ao topo
Fechar

Permita anúncios para apoiar nosso site

📢 Desative o bloqueador de anúncios ou permita os anúncios em nosso site para continuar acessando nosso conteúdo gratuitamente. Os anúncios são essenciais para mantermos o jornalismo de qualidade.