O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem dois financiamentos ativos com a Americanas, contratadas entre abril e maio de 2018, no valor total de R$ 2,4 bilhões, segundo informou a instituição de fomento, em nota.
Conforme informações disponíveis no site do BNDES, os dois financiamentos foram destinados ao plano de negócios da empresa, de 2016 a 2018, contemplando investimentos em “inovação em varejo digital, suporte ao crescimento do negócio, suporte ao crescimento das subsidiárias, fortalecimento da capacidade de armazenamento e distribuição”.
Segundo o BNDES, as duas operações contratadas em 2018 pela Americanas “contam com fiança bancária como garantia”. Por isso, “em ambos os casos, o banco não está exposto a qualquer risco”, diz a nota divulgada pela instituição de fomento. “De toda forma, de maneira preventiva, o BNDES encaminhará carta à empresa solicitando esclarecimentos”, diz a nota do banco.
O BNDES se posicionou após a Americanas anunciar, em comunicado após o fechamento do mercado, na última quarta-feira, 11 de janeiro, que identificou inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões em seus balanços financeiros mais recentes.
Em seguida, a empresa pediu proteção contra os credores, em caráter de urgência, ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), alegando que poderia ter R$ 40 bilhões em dívidas no curto prazo. No fim do dia de sexta-feira (13), o juiz Paulo Assed, da 4ª Vara Empresarial do TJ-RJ, concedeu uma tutela cautelar para suspender vencimentos antecipados e deu 30 dias corridos para a Americanas entrar com pedido de recuperação judicial.
No fim da tarde de sábado (14/01) um perfil no Twitter batizado de “Terra Brasilias”, criado em março de 2012, que descreve suas atividades como “notícias fresquinhas sobre a economia brasileira”, publicou informações falsas sobre o caso.
A postagem diz “governo vai socorrer rombo de R$ 20 Bilhões das Lojas Americanas”, ao mesmo tempo em que compartilha reportagem do Estadão, intitulada “BNDES: Lojas Americanas terão financiamento de R$ 1,2 bilhão”. Só que a notícia, que é verdadeira, foi publicada em julho de 2014.
O vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos), um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, comentou a postagem de conteúdo duvidoso no sábado. “Foi rápido! Uau…” escreveu o parlamentar, também no Twitter.
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