(ANSA) – Cerca de 800 refugiados sofreram intoxicação com alimentos distribuídos em centros de acolhimento em Mossul, no Iraque. De acordo com as Nações Unidas, 300 pessoas estão em condições graves e uma mulher morreu até o momento. O incidente ocorreu na noite de segunda-feira (12), no campo de refugiados de Hassam Sham, a cerca de 20 quilômetros de Mossul, onde forças militares tentar combater o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Entre os alimentos contaminados, estavam porções de arroz, frango, sopa e iogurte, os quais foram consumidos no “iftar”, refeição para a quebra do jejum diário durante o Ramadã.
No campo de refugiados de Hassam Sham vivem mais de 6 mil pessoas, as quais deixaram Mossul quando o Estado Islâmico tomou a cidade.
O caso tem gerado repercussão internacional pelo fato da Arábia Saudita acusar o Catar pelo envenenamento dos alimentos, já que uma ONG catari financiada pela RAF foi a responsável pela distribuição da comida aos refugiados. A RAF é uma entidade promovida pela família real do Catar e fornece ajuda humanitária em países muçulmanos. Mas os sauditas consideram a instituição uma organização terrorista. No último dia 5, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Egito, o Iêmen e o Bahrein romperam suas relações com o Catar, acusando o país de apoiar o terrorismo e ser tolerante com o Irã e a Irmandade Muçulmana. O gesto ocorreu após o presidente norte-americano, Donald Trump, visitar a região e pedir que a Arábia Saudita se juntasse aos EUA para criticar o Irã.
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