(ANSA) – Uma grande operação da polícia alemã, com mais de três mil agentes envolvidos, prendeu 25 pessoas nesta quarta-feira (7) acusadas de serem terroristas de extrema direita que tramavam um golpe de Estado no país.
Segundo a Procuradoria, duas pessoas foram detidas no exterior, sendo uma na Itália e outra na Áustria. Os demais estavam nas regiões alemãs de Baden-Württemberg, Baviera, Berlim, Hesse, Baixa Saxônia, Saxônia e Turíngia.
A Procuradoria Federal informou que todos permaneciam a um grupo chamado Reichsbürger (“Cidadãos do Reich”, em tradução livre) e que estavam “fazendo preparativos concretos para entrar à força no Parlamento alemão, o Bundestag, com um pequeno grupo armado” desde novembro de 2021.
Além disso, eles estavam recrutando mais membros para o grupo, incluindo um militar e reservistas das forças especiais, o Kommando Spezialkräfte (KSK).
Esse departamento chegou a ser parcialmente dissolvido em julho de 2020 por conta de inúmeras denúncias e investigações de associação com grupos neonazistas e de extrema direita.
Conforme a agência de notícias DPA, o soldado da ativa era conhecido já por posições antivacina, mas não tinha ligação com os episódios anteriores da KSK.
Segundo notícias apuradas pela ANSA, o alemão preso na Itália estava em um hotel na cidade de Perúgia, na região central da Úmbria. A detenção foi realizada por agentes da polícia italiana em cumprimento de um mandado europeu.
Já a agência de notícias russa Ria Novosti informou que uma das pessoas detidas é uma cidadã russa, chamada Vitaliya B, e que estava na Alemanha. “A Procuradoria alemã destacou que não há motivos para acreditar que funcionários russos apoiavam os conspiradores”, diz a publicação.
A Tass também confirmou a prisão e disse que as autoridades alemães descobriram “que os golpistas suspeitos tentaram contato com representantes russos, mas não tiveram sucesso”.
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