O Holocausto foi o assassinato de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, que ocorreu entre 1939 a 1945. Ursula Haverbeck, uma alemã de 88 anos, foi condenada nesta segunda-feira (16) a seis meses de prisão por negar que esse genocídio tenha realmente ocorrido na Alemanha nazista na época.
Ursula já foi condenada outras vezes por negar o Holocausto e ainda recebeu um codinome de “vovó nazista” devido ao fato. Em janeiro do ano passado, em Berlim, capital da Alemanha, a vovó afirmou que o Holocausto não existiu e que “nada é verdadeiro” nas câmaras de gás do antigo campo de concentração nazista na cidade de Auschwitz.
Além de negar o fato ocorrido na Alemanha nazista de Adolf Hitler – principal instigador da guerra na Europa e figura central do Holocausto -, ela também nega as suas palavras proferidas em 2016. Segundo Haverbeck, suas palavras foram citações de um livro que ela apresentou na ocasião. No entanto, o tribunal afirmou, que o que ela falou se trata de um discurso próprio, tudo comprovado por gravações.
Além disso, ela já escreveu para uma revista alemã de direita Stimme des Reiches (Vozes do Império, em tradução livre) negando a existência do Holocausto. No julgamento em Detmold no início deste ano, Haverbeck distribuiu a jornalistas e também ao juiz, um panfleto escrito: “Somente a verdade te libertará”. Por meio do texto no panfleto, ela novamente negou as atrocidades cometidas pelos nazistas.
A “vovó nazista” já havia sido condenada no mês de agosto a dois anos de prisão devido aos textos publicados na revista. No julgamento, Haverbeck falou sobre uma “mentira de Auschwitz”, afirmando não se tratar de um campo de concentração para extermínio, e sim, um campo para trabalho. Ela será julgada novamente em 23 de novembro em Detmold, no oeste da Alemanha.
Em 2007, entrou em vigor uma lei sancionada pela União Europeia (EU) que pune com prisão quem negar o Holocausto. Em 2010, a UE também criou a base de dados europeia EHRI (em inglês: European Holocaust Research Infrastructure) para pesquisar e unificar arquivos sobre o genocídio.
A Organização das Nações Unidas (ONU) homenageia as vítimas do Holocausto desde 2005, ao tornar 27 de janeiro o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, por ser o dia em que os prisioneiros do campo de concentração de Auschwits foram libertos.
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