(ANSA) – A água será a causa de uma terceira guerra mundial? Essa foi a pergunta feita pelo papa Francisco nesta sexta-feira, dia 24, durante evento no Vaticano que discutia o recurso hídrico como algo imprescindível para os homens e como um direito humano, que deve ser bem redistribuído e bem tratado.
“Penso se nesta terceira guerra a pedaços estamos a caminho para a grande guerra mundial pela água”, indagou Jorge Mario Bergoglio na Casina Pio IV no seminário “O Direito Humano à Água: Um Estudo Interdisciplinar sobre o Papel Central das Políticas Públicas na Gestão da Água e dos Serviços Ambientais”, que acontece até este sábado (25) e que é promovido pela Pontifícia Academia de Ciências.
“As cifras divulgadas pelas Nações Unidas não podem nos deixar indiferentes: todos os dias, mil crianças morrem devido a doenças ligadas à água e a água contaminada é consumida todos os dias por milhares de pessoas. Deve-se parar e inverter essa situação. Por sorte, [isso] não é impossível, mas é urgente”, ressaltou Francisco.
Durante o encontro, o Papa relembrou que o recurso é um “direito humano” e quando ele é negado, quando um grupo ou um Estado nega esse direito, a coisa “atinge todo mundo, e a casa comum sofre muito”. Por isso, a solução para o problema, de acordo com o argentino, é dar à água “a centralidade na política pública”. Segundo Francisco, o seminário desta sexta-feira “enfrenta a problemática do direito humano à água e a exigência de políticas públicas para enfrentar esta realidade”, concluiu o Pontífice.
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