Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que já se discute a hipótese de pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial. O valor das novas parcelas, porém, deve ser menor que os atuais R$ 600.
“A gente não pode gastar mais R$ 100 bilhões. Se nós nos endividarmos muito, a gente extrapola nossa capacidade de endividamento. Estamos com a taxa Selic [taxa básica de juros da economia] a 3%, o juro a longo prazo baixou bastante, se nós não tivermos cuidado a Selic pode subir. Cada vez mais o que produzirmos de riqueza vai para pagar dívidas”, disse.
Bolsonaro também adiantou que, na próxima semana, poderá ser divulgado o calendário de pagamento da terceira parcela do auxílio emergencial. Independente dos desdobramentos, as três primeiras parcelas estão fixadas em R$ 600 para trabalhadores autônomos e desempregados e R$ 1.200,00 para mães solteiras.
Segundo estimativa do presidente, os gastos do Tesouro Nacional com os pagamentos do auxílio até o momento, somando as despesas de saúde e socorro a estados e municípios, além de outras iniciativas de enfrentamento a pandemia do novo coronavírus, já chegam a R$ 1 trilhão.
Ministério das Comunicações
Sobre a polêmica recriação do Ministério das Comunicações, no qual foi nomeado o deputado Fábio Faria (PSD-RN), Bolsonaro disse que vai “tentar melhorar as comunicações do governo, mas o grande trabalho é as comunicações como um todo no Brasil”. A pasta será fundida com as atribuições da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.
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“Sem nenhum aumento de despesa, utilizando apenas de cargos de estruturas já existentes, o Presidente da República recriou o Ministério das Comunicações. A Secretaria Especial de Comunicação Social, hoje na Secretaria de Governo da Presidência da República, foi extinta e suas competências incorporadas ao novo Ministério”, diz nota do governo federal.
“Temos uma questão pela frente que é [a rede de banda larga móvel] 5G. Nós faremos o melhor negócio levando em conta vários aspectos não apenas o econômico. Vamos atender os requisitos da soberania nacional, da segurança das informações, segurança de dados, e também [de] política externa.”
Após vencer as eleições de 2018, Bolsonaro adotou o discurso do corte de ministérios. Assumiu o governo com 22 pastas, embora tivesse falado em 15 durante a campanha e que “não chegaria a 20” já como presidente eleito.
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