Em 2020, a educação financeira passa a fazer parte da Base Nacional Comum Curricular e deve ser implantada em escolas de ensino básico em todo o país. Mas não são apenas crianças e adolescentes que estão se educando no tema. No ano passado, dos 15 livros mais vendidos no Brasil, quatro falam sobre finanças (Nielsen).
“Depois do longo período de recessão, os brasileiros perceberam a utilidade de aprender mais sobre finanças e sobre gerenciar o próprio dinheiro. Isso é positivo, pois todos deveriam ter um conhecimento básico do tema”, defende o coordenador do curso de Gestão Financeira do Centro Universitário Internacional Uninter, Daniel Cavagnari.
Para aqueles que estão começando a se informar sobre o assunto, o professor define oito termos úteis.
Orçamento – “Fazer um orçamento nada mais é do que planejar-se financeiramente para um período de tempo bem definido. Para isso, levamos em conta a receita, ou seja, o dinheiro que entra; e as despesas, ou seja, o dinheiro que sai”, diz.
Reserva de Emergência – “Para situações de emergência, recomenda-se poupar o equivalente a seis meses de despesa para a reserva. Se o indivíduo tem despesa mensal de R$ 2 mil, deve ter R$ 12 mil guardados”, explica Cavagnari. O dinheiro da reserva deve estar em um investimento de liquidez diária, como a poupança; assim, pode ser sacado a qualquer momento.
Poupança – “A caderneta de poupança é o investimento mais conhecido no Brasil, pois tem baixo risco e é fácil de iniciar. A liquidez é diária, o que significa que o dinheiro pode ser sacado a qualquer momento, sem multas”, pontua. O professor explica que os rendimentos da poupança são calculados com base na taxa Selic, em regime de juros simples.
Taxa Selic – “É a taxa básica de juros do Brasil, servindo de base para todas as outras taxas. É utilizada pelo governo federal para controlar a inflação e manter o balanço econômico do país”, explica.
Juros – “Os juros incidem quando emprestamos ou tomamos emprestado algum valor. É uma forma de recompensar o credor por ter cedido seu dinheiro. Quando pegamos um empréstimo, pagamos juros; quando investimos, recebemos juros na forma de rendimentos”, diz.
Os juros podem ser simples, quando são cobrados apenas sobre o valor inicial do empréstimo. Ou então compostos, quando englobam o valor inicial mais os rendimentos ao longo do tempo.
IOF – “O imposto sobre operações financeiras é cobrado pelo governo quando fazemos alguma operação de crédito, como empréstimo, financiamento, câmbio, seguro, compra e venda de títulos ou fundos imobiliários. Por isso, aparece no extrato da conta corrente quando entramos no cheque especial ou na fatura do cartão de crédito quando entramos no rotativo”, pontua.
Cheque especial – “É uma modalidade de crédito rápido fornecida pelo banco aos clientes quando estão sem saldo para fazer uma operação. Popularmente, chamamos de ‘entrar no vermelho’. A taxa de juros que incide sobre o cheque especial é alta, por isso deve-se usar apenas em casos de emergência”, diz.
IRRF – “O Imposto de Renda Retido na Fonte deve ser recolhido pelas empresas ao realizar o pagamento do salário de seus funcionários, quando o valor pago mensalmente enquadrar na tabela da receita. É possível saber se estamos contribuindo com esse imposto pelo holerite, onde ele vem descrito como IRRF”, esclarece.
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