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5 bancos globais movimentaram US$ 2 tri em transações suspeitas

Em uma nova denúncia publicada neste domingo (20), o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) e o site norte-americano “Buzzfeed” acusam cinco grandes bancos globais de terem feito cerca de US$ 2 trilhões em transações suspeitas com fraudadores, mafiosos e criminosos internacionais.

No Brasil, o grupo divulgou as informações através da “Piauí”, “Poder 360” e “Época”.

HSBC, JP Morgan, Deutsche Bank, Bank of New York Mellon e Standard Chartered teriam feito essas movimentações entre os anos de 1999 e 2017, mesmo após terem fechado acordos com as autoridades dos Estados Unidos para combater esse tipo de prática e de terem sido alertados pelo Departamento de Tesouro de que seriam multados se continuassem com as transações.

As acusações se basearam em documentos obtidos da Rede de Combate a Crimes Financeiros do Departamento do Tesouro, a FinCen, que tem como principal missão investigar ações suspeitas e no combate à lavagem de dinheiro. Foram mais de 2,1 mil documentos analisados.

As negociações foram feitas em diversos países, como Venezuela e Ucrânia e ajudaram pessoas condenadas ou investigadas por crimes diversos.

O JP Morgan, segundo os “FinCen Files”, movimentou “mais de US$ 1 bilhão para um financista fugitivo que protagonizou o escândalo do fundo de investimento estatal 1MDB na Malásia”. A crise está em sua fase final de julgamento no país, tendo levado o ex-premier Najib Razak a ser condenado no primeiro dos cinco processos ligados ao caso.

Também foi transacionado pelo banco cerca de US$ 2 milhões de um magnata que enganou o governo da Venezuela e ajudou a causar apagões de energia no país.

Além disso, o JP Morgan processou cerca de US$ 50 milhões em pagamentos para Paul Manafort, ex-diretor da campanha eleitoral de Donald Trump. O advogado já foi condenado em dois processos por conspiração, obstrução de justiça, fraude fiscal e fraude bancária a mais de sete anos de prisão.

Ao ouvir os bancos, o JP Morgan informou que não poderia comentar o caso porque está “legalmente proibido” de discutir esse tipo de caso. O HSBC disse que as informações “são “históricas e anteriores” ao acordo firmado com as autoridades norte-americanas. O Deutsche Bank e o Standard Chartered não responderam as perguntas do ICIJ.

Já o NY Mellon informou que “leva a sério seu papel de proteger a integridade do sistema financeiro global” e negou as acusações.

A FinCen respondeu aos questionamentos da reportagem do ICIJ, mas informou que não pode comentar “a existência ou inexistência” dos relatórios de atividades suspeitas.

No entanto, o efeito das denúncias já foi sentido no mercado de ações asiático, que fechou com baixa generalizada – também pela informação de que o governo chinês pode adicionar o HSBC em uma lista de empresas não confiáveis.

Os papéis do HSBC e do Standard Chartered em Hong Kong tiveram as maiores quedas desde 1995, no caso do primeiro, e desde 2002, no caso do segundo.

(Com informações da Agência ANSA)

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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