A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira, 28 de julho, 30 mandados judiciais, sendo 23 de busca e apreensão, 2 de prisão temporária e 5 de condução coercitiva, nas seguintes cidades: Brasília, Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Barueri.
O foco das investigações são contratos firmados por empresas já mencionadas na Operação Lava Jato. Dentre outros fatos investigados, são objeto de apuração nesta fase, a formação de cartel e o prévio ajustamento de licitações, e o pagamento indevido de vantagens financeiras a empregados da estatal. Os presos serão encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) encontraram indícios de pagamento de propina para dirigentes da Eletronuclear. Os pagamentos foram feitos pela Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa e outras empreiteiras que têm contratos com a subsidiária da Eletrobras, confirmaram as autoridades nesta terça-feira (28), em entrevista coletiva na manhã de hoje em Curitiba.
De acordo com o MPF, o consórcio de empresas Angramon, que atua em obras de Angra 3, além da Engevix, que também têm contratos para a obra, pagaram vantagens indevidas ao presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, em contratos de 2009, por meio de empresas intermediárias. O procurador federal Athayde Ribeiro Costa disse que o dirigente recebeu R$ 4,5 milhões em propina.
Othon da Silva se afastou do cargo em abril deste ano, após as primeiras denúncias de recebimento de vantagens indevidas em troca de contratos com a estatal. Na ocasião, a empresa negou irregularidades e instaurou investigações internas. O procurador federal disse que a corrupção não está restrita à Petrobras, mas se espalha por outros órgãos da administração pública.
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