Grupo de 49 pessoas está bloqueado há vários dias em dois navios
(ANSA) – Ao menos 10 países se ofereceram para acolher os 49 migrantes a bordo dos navios das ONGs alemãs Sea Watch (32) e Sea Eye (17), que estão bloqueados há vários dias no Mar Mediterrâneo Central.
Segundo fontes diplomáticas da União Europeia, a lista inclui Alemanha, França, Holanda, Itália, Luxemburgo, Portugal e Romênia. A relação oficial não foi divulgada. A condição é que o desembarque aconteça em Malta.
Valeta, por sua vez, exige que a distribuição também envolva 249 migrantes resgatados por sua Guarda Costeira nos últimos dias. De acordo com as mesmas fontes, as vagas oferecidas pelos 10 países são mais do que suficientes para os 49 salvos pelas ONGs, mas não cobrem os 249 resgatados por Malta.
A Itália já se ofereceu publicamente para acolher mulheres e crianças. Os dois navios estão em águas territoriais maltesas, onde receberam permissão para entrar devido ao mau tempo, porém não tiveram autorização para ancorar.
O navio da Sea Watch carrega 32 migrantes salvos no último dia 22 de dezembro, enquanto a embarcação da Sea Eye resgatou 17 pessoas em 29 do mesmo mês. As duas ONGs são registradas na Alemanha.
Pelas normas internacionais, pessoas resgatadas no mar devem ser levadas para o porto seguro mais próximo, tarefa que recairia sobre Itália ou Malta, já que as entidades julgam que a Líbia, onde foram feitas as operações de socorro, não oferece condições mínimas de segurança.
Devido à demora, alguns migrantes a bordo do navio da Sea Watch começaram nesta segunda a recusar comida.
Números
Atualmente, o Estado-membro da UE que mais acolhe refugiados e solicitantes de refúgio em relação a sua população é a Suécia, com 292.608 (2,92% de seu total de habitantes). Em seguida aparecem Malta, com 9.378 (2,03%); Áustria, com 171.567 (1,95%); Chipre, com 15.063 (1,69%); e Alemanha, com 1.399.669 (1,69%).
A Itália é o 11º, com 353.983 (0,58%), atrás de Grécia, com 83.220 (0,77%); Dinamarca, com 39.937 (0,69%); Holanda, com 109.678 (0,64%), Luxemburgo, com 3.541 (0,59%); e França, com 400.304 (0,59%).
Já os que menos acolhem são Portugal, com 1.668 (0,01%); Eslováquia, com 949 (0,01%); Croácia, com 919 (0,02%); Romênia, com 5.464 (0,02%); e Estônia, com 455 (0,03%). Os dados são do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e do Banco Mundial.
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