Em entrevista recente, Tim Cook, CEO da Apple, revelou detalhes sobre o desenvolvimento da Apple Intelligence, o conjunto de ferramentas de inteligência artificial lançado pela empresa em 2024. Cook surpreendeu ao afirmar que o projeto teve início em 2017, simultaneamente à inauguração do Apple Park, o icônico campus da companhia.
O executivo descreveu o processo de desenvolvimento como gradual, sem um momento de descoberta repentino. “Não diria que houve um momento ‘eureka’. Foi mais como uma onda ou um trovão distante que foi se aproximando”, explicou Cook.
A integração de um motor neuronal nos dispositivos Apple em 2017, antecipando a importância da IA e do aprendizado de máquina, foi um passo crucial. “Ficou evidente que isso marcaria uma nova era, e tivemos que redirecionar muitos recursos para essa tecnologia”, disse Cook. A contratação de John Giannandrea, ex-chefe de inteligência artificial do Google, em 2018, impulsionou ainda mais a integração do aprendizado de máquina em todas as áreas da empresa.
Apesar do lançamento oficial da Apple Intelligence apenas em 2024, durante a conferência anual WWDC, a Apple sempre priorizou a privacidade. “Queríamos inovar, garantindo que tudo fosse pessoal e privado”, afirmou Cook. A empresa nunca considerou cobrar pelo uso da tecnologia: “Nunca falamos em cobrar por isso. Vemos como algo equivalente à tecnologia multitoque, que revolucionou os smartphones e tablets modernos”, explicou o CEO.
Para Cook, a Apple Intelligence não visa substituir as pessoas, mas sim amplificar suas capacidades. “É a sua perspectiva, seus pensamentos. É uma ferramenta que ajuda você a ser mais eficiente, como foi a computação pessoal em seu tempo”, comparou. Ele utilizou o Logic Pro, software de edição musical da Apple, como analogia, afirmando que a ferramenta facilita o processo criativo, mas o músico continua sendo o autor.
Sobre seu futuro na Apple, Cook, que em 2021 mencionou a possibilidade de deixar o cargo em uma década, evitou dar uma data específica. “É um privilégio de vida estar aqui, e eu farei isso até que uma voz na minha cabeça diga ‘É hora’. Então, me concentrarei no próximo capítulo”, confessou. Embora admita que seja difícil imaginar uma vida longe da Apple, ele tem refletido mais sobre o início de sua jornada, atribuindo sua ética de trabalho aos valores familiares. Para Cook, a Apple não é apenas uma empresa, mas sim uma parte fundamental de sua vida desde que ingressou em 1998.
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