A candidata à vereadora de Natal pelo PSOL, Sabrina Medeiros, denunciou nesta segunda-feira (9) que foi alvo de uma ameaça de morte em sua própria residência, que também serve como sede central de sua campanha eleitoral. A ameaça foi registrada em um papel deixado no local com a mensagem: “Sua cabeça fica muito melhor numa estaca do que num santinho“. A mensagem foi divulgada nas redes sociais da candidata.
Sabrina Medeiros, que além de candidata é pesquisadora e militante, publicou um vídeo em suas redes afirmando que este tipo de intimidação configura claramente um caso de violência política e de gênero, tendo como objetivo silenciá-la durante o período eleitoral. Em resposta ao ocorrido, a candidata procurou a 1ª Delegacia de Polícia, localizada na Avenida Rio Branco, bairro Cidade Alta, onde registrou um boletim de ocorrência.
No vídeo, Sabrina enfatizou que o ato não é apenas uma ameaça pessoal, mas atinge de forma mais ampla o direito das mulheres de participarem da vida política de forma livre e sem sofrer represálias. “Não somente eu, mas outras mulheres também, não seremos caladas diante dessas ameaças. As providências cabíveis serão tomadas. Não toleraremos nenhum tipo de ameaça, muito menos de morte”, declarou a candidata em tom firme.
A candidata também mencionou que já foi alvo de outros episódios de violência. Segundo Sabrina, embora já tenha enfrentado agressões anteriormente, ela não pretende se render.
“Todas as medidas necessárias serão tomadas, mas minha posição diante dessa tentativa de silenciamento só pode ser de enfrentamento. Infelizmente, essa não é a primeira violência que sofro, já sabendo que não será a última. No entanto, lutaremos para que nem eu, nem outras mulheres, continuemos a passar por isso, principalmente na política. Estamos prontas para o combate!”, afirmou em uma declaração pública.
Em casos de ameaças como essa, a legislação brasileira prevê penas severas para os responsáveis. De acordo com o Código Penal, ameaças podem resultar em penas de detenção de um a seis meses ou pagamento de multa, dependendo da gravidade. No entanto, quando há a clara intenção de violência política, podem ser aplicadas penas mais rigorosas, especialmente se configuradas como crimes de ódio ou atentados contra a integridade física e moral de figuras públicas.
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