O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, apresentou nesta terça-feira (5) uma representação ao Tribunal de Contas da União (TCU), solicitando investigação sobre a gestão de vacinas pelo Ministério da Saúde, sob a acusação de “negligência grave”.
Em pauta, está a incineração de aproximadamente 2,3 milhões de frascos de vacinas vencidas, em 2024, o que teria gerado um desperdício superior a R$ 260 milhões. Para Marinho, a gestão atual falhou em cumprir seu papel de controle e prevenção, especialmente no que diz respeito à Covid-19 e a outras doenças.
O pedido do senador enfatiza que o desperdício de vacinas representa não só uma perda financeira expressiva, mas também uma ameaça à saúde pública, por comprometer o alcance de políticas de imunização. “O PT, que vive apontando o dedo e se autoproclamando defensor da ciência, agora negligencia a saúde e rasga o dinheiro dos pagadores de impostos. Deve ser o tal negacionismo relativo, PadrãoPT”, declarou Marinho, numa crítica direta ao governo atual.
Em publicações recentes nas redes sociais, o parlamentar reiterou sua insatisfação com o que considera ser uma “gestão desastrosa e irresponsável” da saúde pública. Ele declarou ter acionado o TCU para investigar o que chamou de “descaso com a saúde pública” e exigir uma análise aprofundada sobre a gestão dos recursos e políticas de vacinação.
Necessidade de transparência e eficiência
No documento entregue ao TCU, Marinho destaca que a má gestão das vacinas é um problema que vai além dos custos financeiros. Segundo ele, a falta de responsabilidade e eficiência administrativa compromete a saúde da população, especialmente em tempos de desafios sanitários como os impostos pela Covid-19. “O quadro apresentado pelas matérias veiculadas na imprensa beira ao caos, o dano ao patrimônio público salta aos olhos. Importante registrar que a nova gestão do governo federal, iniciada em 1º de janeiro de 2023, recebeu o país com uma realidade diversa, com o quadro fático e sanitário estabilizado”, pontuou o senador.
Marinho também salientou que é dever do TCU verificar se houve omissões ou falhas administrativas que possam ter contribuído para a perda dos imunizantes. Para ele, a ação do tribunal é essencial para assegurar que a gestão de recursos públicos em saúde seja conduzida com responsabilidade e transparência. O parlamentar argumenta que situações de negligência como essa devem ser tratadas com urgência, e que medidas corretivas são necessárias para que fatos semelhantes não se repitam.
O pedido de Marinho ainda aponta a ministra da Saúde, Nísia Trindade, como uma das responsáveis pela situação, mencionando que a responsabilização dos gestores do Ministério da Saúde deve ser avaliada pelo TCU. Ele enfatizou que, diante das dificuldades enfrentadas pela saúde pública, é imprescindível que o governo federal demonstre compromisso com a proteção dos recursos públicos e com a saúde da população.
Para o senador, o caso das vacinas vencidas simboliza uma gestão que, segundo ele, falha em seus princípios de transparência e zelo com o erário público.
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