Em resposta a uma resolução da ONU contra seu programa nuclear, o Irã anunciou negociações com três potências europeias. O encontro, marcado para o dia 29 de novembro em Genebra, segundo informações da agência de notícias Kyodo, visa buscar uma solução diplomática antes da posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em janeiro.
A resolução da ONU, proposta pela Grã-Bretanha, França, Alemanha e Estados Unidos, levou o Irã a adotar medidas que, segundo suas autoridades, incluem a ativação de centrífugas novas e avançadas para o enriquecimento de urânio. Esta ação é vista como uma resposta à pressão internacional.
Um alto funcionário do governo iraniano confirmou a realização da reunião, afirmando: “Teerã sempre acreditou que a questão nuclear deveria ser resolvida por meio da diplomacia. O Irã nunca abandonou as negociações.” A confirmação veio após a divulgação inicial pela agência Kyodo.
A delegação iraniana será liderada por vice-ministros das Relações Exteriores, que se reunirão com seus pares da França, Alemanha e Grã-Bretanha. De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, a pauta incluirá não apenas o programa nuclear iraniano, mas também questões regionais de grande importância.
Baghaei especificou que as discussões abrangerão “uma série de discussões e assuntos regionais, incluindo as da Palestina, do Líbano e também a questão nuclear.” Embora a localização exata das negociações não tenha sido divulgada oficialmente pelo Irã, a agência Kyodo apontou Genebra como sede do encontro. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Suíça remeteu as perguntas aos países diretamente envolvidos na reportagem.
A iniciativa de retomar o diálogo diplomático, mesmo após a aprovação da resolução da ONU, sinaliza a intenção do Irã de buscar uma resolução pacífica para o impasse nuclear. A proximidade da posse de Trump, que já manifestou posições críticas ao acordo nuclear com o Irã, aumenta a urgência para encontrar uma solução antes de uma potencial mudança na política externa americana.
As negociações em Genebra serão observadas de perto pela comunidade internacional, pois o resultado pode ter consequências significativas para a estabilidade regional e as relações internacionais no Oriente Médio e além.
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