Se você ficou apreensivo com o último truque do Facebook para espionar seus usuários, não se preocupe, você não é o único. Está claro que a VPN gratuita do Facebook chamada Onavo foi criada especialmente para coletar informações privadas de seus usuários, como aplicações instaladas ou hábitos de navegação na Internet.
Não é que esta VPN gratuita não o avise desse fato, pois em sua política de privacidade, esclarece que os dados podem ser usados por terceiros. O problema é que o Facebook usa de uma tática dissimulada para convencer seus usuários a instalar o Onavo. Ele faz isso com um submenu próprio dentro de seu aplicativo para iOS e Android.
Nem todo mundo tem o submenu que leva à página de instalação do Onavo, mas a coisa é assim: se você abrir o menu lateral do Facebook e ir para a seção Aplicativos, ao lado dos Jogos Instantâneos ou dos Códigos QR, você verá uma guia que diz Proteger. Clicar nele leva você diretamente à instalação do Onavo no Google Play ou no iTunes.
Este serviço de rede privada virtual para iPhone e Android é de origem israelense, embora tenha sido adquirido pela empresa que Zuckerberg administra. Em primeiro lugar, sua utilidade não era apenas fornecer navegação privada através de sua VPN, mas ajudar o usuário a reduzir o consumo de dados.
O Wall Stret Journal e o Business Insider são dois dos meios de comunicação que descobriram que milhares de usuários deram seu consentimento para a “espionagem legal”, dando o “ok” para todas as regras. Assim, o Facebook passou a ter mais poder sobre a privacidade dos usuários.
Não é a primeira vez que esta rede social e sua empresa-mãe desempenham políticas de privacidade para coletar todos os tipos de informações sobre os hábitos de seus usuários. Sem contar a controvérsia da transferência de dados entre o WhatsApp e o Facebook, que finalmente recebeu luz verde da União Européia.
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