Política

O que pensam Bolsonaro e Haddad sobre a legalização da maconha

Na semana em que o Canadá se tornou o segundo país do mundo a legalizar a maconha para uso recreativo, cinco anos depois do Uruguai, a liberação das drogas voltou a ser pauta de discussão no Brasil.

O tema divide opiniões e, entre os candidatos à presidência, não é diferente. Enquanto Bolsonaro se diz totalmente contrário à liberação de qualquer entorpecente, Haddad fala em problema de saúde pública. Em comum, apenas a visão de que o traficante deve ser preso.

Por ter o apoio de evangélicos e ter como eleitor um público mais conservador, Jair Bolsonaro (PSL) repete em suas declarações a posição de que “99% dos pais” não querem seus filhos “no mundo das drogas”.

Jair Bolsonaro
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

“Não passa pela minha cabeça a liberação de drogas, alguns dizem que você vai diminuir a violência e a briga entre traficantes, não vai. Se fosse verdade, não teríamos contrabando de cigarros. Hoje em dia, temos mais de 40% contrabandeado aqui do Paraguai. Ninguém vai querer perseguir o usuário, mas vamos combater sim nas fronteiras para que os integrantes das Forças Armadas, com retaguarda jurídica e com meios, possa realmente exercer um trabalho de fiscalização”.

No caso de Fernando Haddad, o assunto não é unânime nem na própria chapa. Sua vice, Manuela d’Ávila (PCdoB) defende a descriminalização das drogas e também do aborto. No entanto, para se aproximar do eleitorado evangélico, o candidato do PT já sinaliza abrir mão dessas propostas.

Ministério Público denuncia Fernando Haddad por corrupção e lavagem de dinheiro
Foto: Ricardo Stuckert

Para reforçar esse ideia, Haddad se encontrou com lideranças evangélicas nesta quarta-feira (17), em São Paulo, e leu uma carta em que lamenta que “o medo e a mentira são semeados entre o povo cristão contra candidatos do PT”. Ele nega que pautas como defesa do “comunismo, ideologia de gênero, aborto, incesto, fechamento de Igrejas, perseguição aos fiéis e proibição do culto” tenham sido propostas por seu partido no Congresso Nacional durante os anos em que governavam o país.

Sobre a legalização das drogas, o petista já declarou que a prioridade é recuperar os dependentes químicos.

“Em relação às drogas, nossa defesa é clara: traficante na cadeia, usuário tratado. Nós temos que fazer essa diferenciação muito criteriosamente para tratar a questão de um lado como crime, de outro como saúde pública. Nós temos várias experiência no país e no mundo em que nós recuperamos as pessoas da droga”.

Pela lei atual, de 2006, quem for flagrado com droga para consumo pessoal pode ter de cumprir medida de comparecimento a programa ou curso educativo. Já aqueles que vendem, produzem ou transportam, por exemplo, podem pegar penas de cinco a 15 anos de prisão.

Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.

Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Botão Voltar ao topo
Fechar

Permita anúncios para apoiar nosso site

📢 Desative o bloqueador de anúncios ou permita os anúncios em nosso site para continuar acessando nosso conteúdo gratuitamente. Os anúncios são essenciais para mantermos o jornalismo de qualidade.