Anvisa aprova registro de vacina para prevenção de bronquiolite em bebês
A aplicação da vacina deve ser feita nas mães, durante a gestação. Saiba mais.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu, nesta segunda-feira (1º), o registro da vacina Abrysvo, desenvolvida pela farmacêutica Pfizer. Esse imunizante representa uma promessa para a proteção contra o vírus sincicial respiratório (VSR), um agente patogênico que é a causa principal de infecções respiratórias como a bronquiolite em bebês. A autorização foi formalizada através da publicação no Diário Oficial da União.
Por meio de nota, a Anvisa esclareceu que a bronquiolite, caracterizada pela inflamação dos brônquios, tem sido uma fonte de preocupação constante entre pais e pediatras, principalmente por sua prevalência em crianças menores de dois anos. A introdução da Abrysvo oferece uma estratégia inovadora de imunização, destinada a gestantes, com o objetivo de conferir proteção aos recém-nascidos desde o nascimento até os seis meses de vida, um período crítico para o desenvolvimento infantil.
Além de focar nos bebês, a vacina também recebeu luz verde para ser administrada em indivíduos com 60 anos ou mais, um grupo considerado de alto risco para complicações decorrentes do VSR. Isso marca a Abrysvo como um recurso valioso em ampliar as defesas contra infecções do trato respiratório inferior em uma faixa etária mais ampla.
A administração da vacina é realizada por via intramuscular, e seu esquema posológico compreende uma dose única. Para gestantes, a recomendação é que a vacinação ocorra durante o segundo ou terceiro trimestre da gestação. Entre os efeitos colaterais observados, os mais comuns incluem dor no local da injeção, dor de cabeça e dor muscular. Contudo, os estudos apresentados à Anvisa demonstraram que os benefícios da vacina superam significativamente seus riscos, garantindo sua eficácia, segurança e qualidade conforme os critérios estabelecidos pela Resolução RDC n° 55/2010.
“Como todo medicamento, foram observados alguns efeitos colaterais na administração do imunizante, sendo os mais comuns: dor no local da vacinação, dor de cabeça e dor muscular”, destacou a agência. “Ainda assim, a totalidade das evidências apresentadas à Anvisa foi capaz de demonstrar que os benefícios da vacina são superiores aos seus riscos.”