OMS identifica ‘variante de interesse’ da Covid-19
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou nesta quarta-feira (9) uma nova cepa do COVID-19 como uma “variante de interesse”.
A EG.5 não é inteiramente nova. É uma descendente da linhagem XBB.1.9.2 e compartilha o mesmo perfil de aminoácidos do spike com XBB.1.5. Detectada inicialmente em 17 de fevereiro de 2023, ela foi designada como uma variante sob monitoramento (VUM) em 19 de julho de 2023. Entretanto, com novos dados e avaliações de risco, a Organização Mundial da Saúde (OMS) agora a classificou como uma variante de interesse (VOI).
O monitoramento da prevalência da EG.5 revela um aumento contínuo. Até 7 de agosto de 2023, 7.354 sequências foram submetidas ao GISAID, provenientes de 51 países. Significativamente, 30,6% destas sequências são originárias da China, seguidas por outras nações como EUA, Coreia do Sul, Japão, entre outros.
Globalmente, a prevalência da EG.5 subiu de 7,6% em junho de 2023 para 17,4% em julho de 2023, indicando sua rápida propagação.
Riscos associados à variante EG.5
A avaliação atual da OMS sugere que o risco global da EG.5 é baixo, semelhante a outras VOIs. Contudo, características como sua vantagem de crescimento e propriedades de fuga imunológica podem fazer com que a EG.5 cause um aumento nos casos e se torne dominante em certos países ou globalmente.
A boa notícia é que, até o momento, não há relatos de aumento na gravidade da doença associada à EG.5. Apesar de alguns países, como Japão e Coreia do Sul, observarem um aumento nas hospitalizações de COVID-19 juntamente com a prevalência da EG.5, não foram estabelecidas associações claras entre essas hospitalizações e a variante.
A OMS e seu Grupo Técnico Consultivo sobre a Evolução do SARS-CoV-2 (TAG-VE) continuam a instar os Estados-Membros a priorizar ações específicas para melhorar a compreensão da variante EG.5. As medidas recomendadas incluem compartilhamento de informações sobre a vantagem de crescimento da variante, realização de ensaios de neutralização e avaliações comparativas.
Em paralelo, a OMS também continua avaliando o impacto das variantes na eficácia das vacinas contra COVID-19.