Síndrome do Olho Seco afeta pessoas que usam celular e computador com frequência
Estamos diante do Julho Turquesa, mês que busca chamar a atenção para um problema de saúde cada vez mais prevalente na era digital: a Síndrome do Olho Seco. Associada ao uso constante de tecnologias como computadores e smartphones, esta condição pode afetar qualquer um de nós. O diagnóstico e tratamento adequados podem ajudar a gerir os sintomas e manter a saúde ocular.
A Conexão da Tecnologia com a Síndrome do Olho Seco
Com o avanço tecnológico e o uso constante de dispositivos móveis e computadores, muitas pessoas desenvolvem a Síndrome do Olho Seco. Esta doença ocular se caracteriza principalmente pela falta de lubrificação, geralmente resultante da produção insuficiente de lágrimas.
O Dr. Francisco Irochima, oftalmologista e professor de Medicina na Universidade Potiguar (UnP), explica que a síndrome pode ser causada pelo uso excessivo de telas, quando as pessoas tendem a piscar menos e, consequentemente, produzem menos lubrificação ocular. Em alguns casos, pode ser uma característica inerente à formação ocular da pessoa.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da Síndrome do Olho Seco é principalmente clínico, baseado nos relatos do paciente. Segundo Irochima, “o paciente tem à disposição uma série de procedimentos que podem facilitar a identificação da doença, com o auxílio de um profissional médico, que vai identificar a falta de lubrificação nos canais lacrimais“.
Tratamento: Lágrimas artificiais e mais
Para casos onde o paciente apresenta a incapacidade de produzir lágrimas ou um processo acelerado de evaporação desse líquido, é necessário um tratamento contínuo. “Atualmente, algumas terapias estão disponíveis para tratamento. Uma opção é a utilização de um colírio, que funciona como uma lágrima artificial para os olhos. Outra opção é um gel, que o paciente administra de acordo com a recomendação médica“, diz o docente da UnP.
A Síndrome do Olho Seco na infância
De acordo com o especialista, é cada vez mais comum identificar casos de crianças com dificuldades devido à Síndrome do Olho Seco, uma situação que era rara há alguns anos.
“Independentemente da idade, é preciso ter cuidado com o excesso do uso do celular e a exposição às telas, assim como é importante ter acompanhamento com um oftalmologista para diagnóstico e tratamento corretos, e até para prevenir casos mais graves“, alerta o médico.
A Síndrome do Olho Seco é uma condição cada vez mais comum em nossa sociedade digitalmente conectada. Por isso, neste Julho Turquesa, faça uma pausa, pisque mais e consulte um oftalmologista se você acredita que pode estar lidando com essa condição. Lembre-se, cuidar de seus olhos agora pode prevenir problemas mais sérios no futuro.