Fisioterapia e socialização: nova abordagem da UFRN para pessoas com Parkinson
Com música ao fundo e a alegria no rosto, pessoas com Parkinson se movimentam em ritmo de dança, em um esforço conjunto para contrapor os desafios impostos pela doença. Este é o cenário proporcionado pelo projeto AGruPar, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que tem como propósito utilizar a fisioterapia como uma ferramenta de socialização para esses pacientes.
O que é o projeto AGruPar?
A sigla AGruPar significa “Assistência fisioterapêutica em Grupo para pessoas com doença de Parkinson“. O projeto reúne pacientes e seus cuidadores em sessões de fisioterapia em grupo, com o objetivo de estimular a socialização entre eles e, assim, promover uma melhor qualidade de vida.
A doença de Parkinson, mais comum em homens de meia idade e idosos, é uma condição neurológica crônica que provoca sintomas como tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular e alterações na fala e na escrita. O AGruPar foi desenvolvido para ajudar a combater esses sintomas, além de proporcionar um ambiente de acolhimento e compreensão para os pacientes e seus cuidadores.
Um projeto com propósito humano
Um dos diferenciais do projeto é que os alunos de fisioterapia da UFRN que atuam como mediadores vão além do atendimento físico. O foco do projeto não está somente no tratamento da doença, mas também na construção de relações humanas entre os participantes.
Nas palavras de Larissa Araujo, uma das estudantes integrantes da equipe, o AGruPar é um projeto de “atendimento por vínculos“. Eles aprendem a se comunicar com os pacientes e a compreendê-los de diferentes maneiras.
Acolhendo também os cuidadores
No AGruPar, a inclusão também se estende aos cuidadores dos pacientes. Eles são convidados a participar das sessões de fisioterapia, para que também possam cuidar de seu bem-estar. Tatiana Ribeiro, coordenadora do projeto, destaca a importância desse cuidado, pois os cuidadores são pessoas que, muitas vezes, deixam de cuidar de si para se dedicar ao paciente.
Os efeitos positivos do projeto
Randolfo Neto, que convive com o Parkinson há 10 anos, é um exemplo de como o AGruPar tem impactado positivamente a vida de pessoas com Parkinson. Junto com sua esposa, Fran Souza, Randolfo é participante assíduo das sessões do projeto há quatro anos. Ele destaca a qualidade e acolhimento dos profissionais, que têm desempenhado um papel fundamental em seu tratamento.
Participando do projeto
O projeto AGruPar realiza encontros semanais, todas as sextas-feiras, e possui também um grupo que participa remotamente. Caso você tenha interesse em participar, é possível entrar em contato com Raíssa Taveira, aluna de doutorado em Fisioterapia e colaboradora do projeto, através do número (83) 98850-4148.
O projeto AGruPar é um belo exemplo de como a fisioterapia pode ir além do tratamento físico, oferecendo também acolhimento e socialização para pessoas com Parkinson. Com um propósito humano e uma abordagem inovadora, o projeto tem se mostrado uma ferramenta valiosa na luta contra essa doença.