Cármen Lúcia defende imprensa livre como pilar para eleições transparentes
Afirmação foi feita pela presidente do TSE em reunião do Conselho Superior da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reforçou sua defesa inabalável pela importância de uma imprensa livre para garantir a integridade do processo democrático no Brasil. Durante sua participação na abertura da Reunião do Conselho Superior da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), em Brasília, Cármen Lúcia destacou que a liberdade de imprensa é essencial para que as eleições ocorram de forma segura e transparente.
Em seu discurso, a ministra enfatizou a relevância do direito à informação, garantido pela Constituição de 1988, como um dos pilares fundamentais da democracia. “A nossa Constituição de 88 garante o direito à informação, que é o direito de informar e de ser informado, conquistado depois de um período de mordaça – a ditadura –, quando não havia a informação livre“, afirmou. Ela lembrou que, apesar dessa garantia constitucional, a desinformação continua a ser uma ameaça à liberdade de escolha dos eleitores, tornando o papel da imprensa ainda mais crucial.
Cármen Lúcia também abordou a necessidade de distinguir entre a liberdade de expressão legítima e a prática criminosa que se disfarça de expressão. “Cada um vai escolher o candidato que quiser, do jeito que quiser. O que não pode é a liberdade de expressão ser capturada por quem manipula [os fatos] e, a partir disso, a desinformação e a mentira conduzirem a escolha da pessoa que acha que está fazendo a sua escolha informada, mas sem estar. Isso tem consequência na vida de um povo“, alertou.
Outro ponto destacado pela presidente do TSE foi o momento de soberania que ocorre no ato de votar. Cármen Lúcia sublinhou que o voto é um exercício de liberdade suprema do eleitor, que deve poder escolher qualquer candidato validado pela Justiça Eleitoral.
“Nesses dias que faltam até as eleições, eu tenho certeza de que a parceria do TSE com a imprensa vai apenas se estreitar. Eu confio na imprensa, e há no Brasil uma imprensa que é exemplar. É esta [imprensa] que queremos ver florescer, para fazer florescer a árvore da democracia“, declarou.
Durante o evento, a ministra também expressou seu apreço pelo rádio, um hábito que cultivou desde a infância. “Eu escuto rádio até hoje. E, agora, descobri que há podcast, então eu me informo também por esse meio“, compartilhou com o público presente.