PM liberta professora mantida refém em Centro Socioeducativo

Na tarde desta terça-feira (19), a Polícia Militar agiu para libertar uma professora que foi feita refém por adolescentes infratores no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Pitimbu, na cidade de Parnamirim, no Rio Grande do Norte. A vítima, que foi feita de refém durante 40 minutos, chegou a ter suas redes sociais usadas pelos detentos para a publicação de vídeos. A situação foi resolvida mediante negociações da polícia para a libertação da educadora.

Segundo informações divulgadas inicialmente pelo G1 RN, os internos trancaram a professora em uma das salas do centro, alegando sofrerem opressão por parte dos educadores. Entre as reivindicações, destacam-se queixas sobre a qualidade dos materiais de higiene, como sabonete, pasta de dente e shampoo, entre outros. A Unidade abriga penas adolescentes do sexo masculino e tem capacidade para até 72 detentos, de acordo com o a Fundase.

Detentos que fizeram professora de refém, reclamaram da qualidade dos materiais de higiene, como sabonete, pasta de dente e shampoo. (Foto: Acervo FUNDAC RN)
Detentos que fizeram professora de refém, reclamaram da qualidade dos materiais de higiene, como sabonete, pasta de dente e shampoo. (Foto: Acervo FUNDAC RN)

Durante o ocorrido, os adolescentes utilizaram o celular da professora para gravar vídeos, que foram compartilhados nas redes sociais da vítima. A Polícia Militar foi acionada para negociar com os infratores, resultando na libertação da professora e na condução de três adolescentes infratores para a Delegacia de Polícia Civil. Inicialmente chegou a ser mencionado que duas professoras estariam sendo feitas de reféns, contudo a informação logo foi corrigida.

Fundase se pronuncia após professora ser feita refém no Case – Pitimbu

Em comunicado, a Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado do Rio Grande do Norte (Fundase) informou que agentes socioeducativos e policiais militares atuaram na mediação com os adolescentes. “A Fundase presta apoio à educadora e enaltece a conduta dos agentes públicos que atuaram para garantir o desfecho da situação. Os adolescentes envolvidos foram levados à Delegacia de Polícia Civil e responderão pelo ato. Todas as informações serão remetidas também ao Ministério Público do Estado do RN e ao Poder Judiciário”, diz a nota.

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