Frentista sofre ataque racista em Curitiba: ‘Neguinho, otário, nordestino dos inferno’
Curitiba, capital paranaense, foi palco de um ato de racismo que ganhou repercussão nas redes sociais neste sábado (14). A agressão verbal, que teve conotações racistas e xenofóbicas contra nordestinos, foi registrada em vídeo e publicada pelo superintendente da Polícia Rodoviária Federal do Paraná, Fernando Cesar Oliveira.
Tudo aconteceu em um posto no Bairro Boqueirão, em Curitiba. O vídeo mostra um homem, aparentemente alterado, desferindo ofensas racistas e preconceituosas contra o frentista. As palavras como “neguinho”, “otário”, “nordestino dos inferno” e “macaco” foram proferidas de maneira contundente e desprezível.
O agressor, se identificando como empresário, argumentou ganhar “três vezes mais” como justificativa para seus insultos. Em certo momento, o vídeo evidencia um ápice de tensão quando o ofensor ameaça fisicamente o frentista, que tenta manter a calma diante da situação.
Confira:
Desdobramentos
Apesar de o vídeo não mostrar o início da confusão, o Boletim de Ocorrência indica que a desavença teve origem em um incidente relacionado à compra de um macarrão instantâneo. Marcelo Francisco, o tal empresário que aparece nas imagens, teria se exaltado durante o processo de compra – onde o frentista pediu para que o produto fosse registrado, antes do consumo.
As imagens do ataque racista foram encaminhadas para o serviço 190 da Polícia Militar e, segundo o superintendente da PRF, o posto onde ocorreu a ofensa está localizado na esquina da Avenida Marechal Floriano Peixoto com a Rua Bley Zornig.
Fernando Cesar Oliveira, superintendente da PRF no Paraná, informou que o agressor já foi identificado pela Polícia Civil e que todas as evidências estão sendo coletadas para análise e subsequente aplicação da lei.
Casos de racismo, como o ocorrido em Curitiba, são um triste retrato dos preconceitos ainda presentes na sociedade brasileira. Combater esses comportamentos e garantir justiça para as vítimas é um compromisso de todos. Em um país tão diverso como o Brasil, o respeito e a empatia devem sempre prevalecer. E você, o que pensa sobre isso? Compartilhe e faça parte dessa discussão.