Médicos anunciam paralisação em UPAs e Hospitais do RN devido a atraso salarial
Médicos que fazem parte da Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed RN) anunciaram a paralisação de seus serviços de atendimento em UPAs e seis hospitais no estado a partir da próxima quarta-feira, 23 de agosto.
A decisão foi tomada em uma assembleia realizada no Sinmed RN nessa terça-feira, 17 de agosto. Os profissionais de saúde estão sem receber seus salários desde março e, até o momento, não há previsão de quando os pagamentos atrasados serão efetuados.
Detalhes da Paralisação
A paralisação ocorrerá nas seguintes unidades de saúde:
- Hospital Santa Catarina
- Maternidade Leide Morais
- Maternidade Araken Irerê Pinto
- Hospital de Macaíba
- Hospital de São José de Mipibu
- Walfredo Gurgel
- UPAs
A situação dos médicos agravou-se após a falta de cumprimento de um acordo feito na Justiça Federal no dia 9 de agosto. O acordo estabelecia que o pagamento do mês de março seria feito até o dia 16 e também incluía um cronograma de pagamentos dos meses subsequentes. No entanto, o compromisso não foi honrado pelos órgãos responsáveis.
Impacto nos Atendimentos
A paralisação dos atendimentos médicos em UPAs e hospitais do estado trará consequências significativas para a população, que depende desses serviços para atendimento de emergências e outros procedimentos médicos. O impacto será sentido especialmente por aqueles que não têm condições de recorrer a hospitais particulares.
Solicitação ao Estado e à Prefeitura
Os médicos decidiram encaminhar uma nova solicitação ao Estado e à Prefeitura de Natal, exigindo uma resposta sobre o pagamento dos salários atrasados. A categoria alerta que, se não houver pagamento até a terça-feira, a paralisação de atendimentos de pronto-socorro em UPAs e hospitais terá início na quarta-feira, 23 de agosto.
Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed RN, esclarece que essa não é uma paralisação da Cooperativa, mas dos médicos que prestam serviços através dela.
“O sindicado é responsável pelo trabalho médico, a assembleia foi feita com os médicos que prestam serviços ao Estado ou município, através da cooperativa. Quem está parando são os médicos filiados e coordenados pelo sindicato por uma situação de inadimplência. Por isso, o movimento é dirigido às secretarias estaduais e municipais de saúde, já que o sistema cooperativo não dispõe de recursos para pagar essas pessoas. O recurso tem que vir de quem contratou esses serviços”, explica Geraldo Ferreira.