Onda de violência em Felipe Camarão: 4 militares assassinados em menos de três meses
Felipe Camarão, bairro situado na Zona Oeste de Natal, tem sido palco de uma preocupante onda de violência. Em menos de três meses, quatro policiais militares foram brutalmente assassinados. A mais recente vítima, o cabo da reserva Francisco de Assis da Silva, foi morto a tiros na noite de sábado (12 de agosto). Os detalhes sobre o crime nos levam a uma análise mais profunda sobre a segurança e a atuação de facções criminosas na região.
A noite do dia 12
Por volta das 21h20, na Rua Itamar Maciel, Francisco de Assis da Silva tornou-se o mais novo nome na lista de militares mortos. Segundo relatos, ao menos dois criminosos, armados com pistolas, abordaram e dispararam contra o policial, evadindo-se em direção a um beco nas proximidades. O cabo, infelizmente, não resistiu e foi declarado morto na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do bairro Cidade da Esperança.
Ação rápida da Polícia e prisão do suspeito
Diversas unidades da Polícia Militar rapidamente iniciaram buscas pela área. Em uma ação eficiente, um suspeito foi detido e levado para a Delegacia de Plantão, em Parnamirim. Lá, confessou seu envolvimento no crime, sendo, assim, autuado em flagrante.
Um histórico alarmante
O preocupante é que este não é um caso isolado. Três outros militares foram assassinados em circunstâncias semelhantes em Felipe Camarão em 2023. Entre os casos, o sargento da reserva Ionaldo Soares da Silva, alvejado por aproximadamente 10 criminosos na Rua São João (no dia 19 de maio). Seguiram-se os assassinatos do sargento Silva Filho (dia 11 de junho) e do sargento João Victor Serafim Ramos (dia 30 de junho). Ambos os crimes com características de execução.
A busca por Justiça
Durante julho, as forças policiais intensificaram as operações em busca de um criminoso apontado como o mandante das execuções de militares no bairro. No dia 5, após um confronto em Nova Parnamirim, um suspeito foi detido. Ele foi identificado como um dos líderes da facção responsável pelas mortes dos policiais militares em Felipe Camarão.
Cláudio Henrique, delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), confirmou que os crimes foram orquestrados pela facção. O mês de julho também viu várias prisões relacionadas a esses assassinatos.