No período de 2012 a 2022, Rio Grande do Norte possuía 149 ‘obras paradas’
Um levantamento divulgado nesta sexta-feira (14) revelou uma realidade preocupante: de 2012 a 2022, o Rio Grande do Norte, conhecido por suas praias paradisíacas e ventos propícios para a produção de energia eólica, registrou 149 obras paralisadas. Esse cenário não apenas afeta a infraestrutura e o desenvolvimento do estado, mas também traz consequências significativas para a população e a economia local. Neste artigo, iremos explorar os detalhes dessa situação, e as implicações desse alto número de obras paradas no estado.
As Obras Paradas no Rio Grande do Norte e o Impacto na Região
De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a região Nordeste apresentava um total de 2.805 obras paradas no mesmo período, com o Rio Grande do Norte contribuindo com cerca de 5% desse total. O advogado e especialista em direito público e constitucional, Thiago Castro, enfatiza que os prejuízos causados pela paralisação dessas obras são inestimáveis, uma vez que afetam o bem-estar da população e a funcionalidade dos serviços públicos.
O Transtorno Causado pelas Obras Paradas
Castro ressalta que as obras paralisadas criam um obstáculo significativo para a população. “Nós sabemos que a administração pública tem como fim o bem comum, e, consequentemente, quando uma obra é paralisada, ela não atende a sua finalidade que é atender a comunidade, atender à população“, explica.
O Retrato Nacional das Obras Paralisadas
De acordo com o Brasil 61, o problema não se restringe apenas ao Rio Grande do Norte. Em todo o Brasil, 45% das cidades tinham obras paradas, o que correspondia a 2.494 municípios. A maioria das obras paralisadas está ligada à educação, seguida das obras habitacionais, e de menor proporção, aquelas vinculadas ao Transferegov e à Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
O Impacto Econômico das Obras Paradas
A paralisação dessas obras não apenas priva a população de serviços e infraestruturas importantes, mas também causa prejuízos significativos ao Tesouro público e à economia local. A retomada das obras geralmente envolve um aumento nos custos devido à modificação dos preços. Além disso, a suspensão das obras leva ao desemprego, especialmente no setor de construção civil.
Uma Miragem de Obras Paradas
Considerando os municípios brasileiros, 56% deles possuíam apenas uma obra parada. No entanto, 46 municípios registravam 10 ou mais obras paradas, correspondendo a 11,5% do total de obras municipais.
O cenário das obras paralisadas no Rio Grande do Norte é um lembrete do desafio contínuo que o país enfrenta para alinhar o planejamento, a execução e o financiamento de projetos de infraestrutura. Essas paralisações não são apenas um desperdício de recursos, mas também um obstáculo ao progresso e ao desenvolvimento econômico do estado e do país.