RN é o maior produtor de petróleo em terra do Brasil
O Rio Grande do Norte está novamente em destaque no cenário nacional. Mas, desta vez, o protagonismo não vem de suas praias paradisíacas ou de sua cultura única, mas da sua pujante atividade de exploração de petróleo. Em 2022, o RN produziu 178,3 milhões de barris de petróleo, consolidando-se mais uma vez como o maior produtor de petróleo em terra entre os oito estados que exercem a atividade no Brasil.
Segundo o Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2023, publicado pela ANP na última sexta-feira (30/06), a produção potiguar superou a da Bahia, que produziu 165,5 milhões de barris, e a de Sergipe, com 160,4 milhões de barris.
Passado e Presente do Petróleo no RN
É importante ressaltar que, embora os números atuais sejam impressionantes, a produção de petróleo em terra no RN já foi ainda maior. Há dez anos, em 2013, o estado alcançou seu ápice com a produção de 335,9 milhões de barris. Após um declínio a partir de 2014, houve uma leve melhora em 2021, quando foram produzidos 184,5 milhões de barris, o melhor índice desde 2017.
Em contrapartida, o RN não é tão proeminente quando se trata de produção de petróleo em mar, ocupando a quarta posição entre os estados produtores. Em 2022, foram produzidos 89,4 milhões de barris, enquanto o Rio de Janeiro liderou a produção de barris.
Cenário Nacional
No contexto nacional, as reservas totais de petróleo apresentaram em 2022 um incremento de 10,6% em relação a 2021, chegando a 26,91 bilhões de barris. A produção nacional de petróleo cresceu 4% em 2022, atingindo a média de 3 milhões de barris/dia, com o pré-sal representando cerca de 76% da produção do país.
Ao mesmo tempo, a produção de gás natural também apresentou crescimento, marcando o 13º ano consecutivo de aumento, e atingiu 137,9 milhões de m3/dia. No pré-sal, essa produção correspondeu a 71,6% do total nacional em 2022.
Mesmo com a recente queda na produção de petróleo, o RN se mantém como um produtor de petróleo em terra de destaque no cenário nacional. As perspectivas são animadoras, graças à entrada de novas operadoras na Bacia Potiguar, prometendo uma nova dinâmica no mercado local e um forte impacto na cadeia de fornecedores. O RN, conhecido por suas belezas naturais e ventos fortes, se destaca novamente, mas agora, no universo do “ouro negro”.