Lira afirma que big techs barraram a votação da PL das fake news

Para o presidente da Câmara, a atuação das empresas buscou interferir na opinião dos parlamentarem sobre da proposta e por consequência também no resultado da votação.

Segundo Arthur Lira (PP-AL) presidente da Câmara dos Deputados, a mobilização das gigantes da tecnologia big techs foi um dos motivos que impediu a votação do Projeto de Lei das Fake News.

A declaração ocorreu durante um evento em Lisboa, Portugal nesta segunda-feira (26) o presidente justificou sua avaliação e explicou como chegou a essa conclusão.

Uma mobilização das chamadas big techs, que ultrapassou os limites do contraditório democrático, ao lado da interpretação de alguns quanto a possíveis restrições à liberdade de expressão, não nos facultou reunir as condições políticas necessárias para levar este projeto à votação”, disse.

Lira deixou claro que pretende o quanto antes colocar esse tema em votação novamente. “Sem a devida regulação legislativa do novo ambiente informacional no Brasil. A arena política se assemelhará mais e mais a um estado de natureza hobbesiano“, começou.

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Uma guerra de todos contra todos baseada na apreensão arbitrária ou sectária da realidade. Uma polarização que não permitirá a necessária construção de consensos e soluções democráticas”, finalizou.

Big techs nega interferência nos resultados das buscas

Ao longo do debate do relatório que fundamenta o Projeto de Lei Brasileiro de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, conhecido como PL das Fake News, o Google divulgou um texto crítico ao projeto na página inicial de busca de sua plataforma.

Na pesquisa intitulada ‘A guerra das plataformas contra o PL 2630’, os investigadores identificaram possíveis sinais de que Google e Meta (proprietária do Facebook) estariam apresentando resultados de pesquisas tendenciosas, com o objetivo de promover conteúdo crítico ao projeto de lei.

Diante das acusações as plataformas afirmaram que não possuem nenhuma interferência nos resultados das buscas. Com isso, um inquérito foi aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), para que se investigue a atuação dos dirigentes do Google e do Telegram na tramitação do projeto na Câmara.

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