MP investiga falsos médicos em cidades do interior do RN
Ação é desdobramento da operação Curandeiros, deflagrada em dezembro do ano passado. Cooperativa médica é investigada por envolvimento com fraudes
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) lançou nesta terça-feira (13) uma ação significativa, a operação Curandeiros II. Com o propósito explícito de combater a prática ilícita da medicina em diversas cidades no interior do Estado, essa operação coloca em foco médicos, supostos médicos e uma cooperativa médica, todos suspeitos de falsidade ideológica e associação criminosa.
Escopo da investigação e alcance geográfico
O MPRN também está investigando a participação de secretários municipais de Saúde nesses crimes. Vale mencionar que essa operação não se limitou apenas ao território do Rio Grande do Norte, mas também se estendeu até a Paraíba, onde foram cumpridos mandados.
Apoio conjunto e interação interinstitucional
A operação Curandeiros II contou com a colaboração da Polícia Militar do RN, bem como do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Essa ação conjunta resultou na execução de seis mandados de busca e apreensão em diversas cidades potiguares, incluindo Natal, Mossoró, Parnamirim e Ipanguaçu. Na Paraíba, as cidades de Catolé do Rocha e Guarabira também foram alvos da operação.
Participação robusta e diversificada
Esta ação contou com uma presença robusta e diversificada de profissionais da justiça e segurança: 4 promotores de Justiça do MPRN, 14 servidores do MPRN, 16 policiais militares, um promotor de Justiça do MPPB e 16 servidores do MPPB.
Operação Curandeiros II: uma continuação necessária
A ação de hoje é uma continuação da operação Curandeiros, iniciada em dezembro do ano passado. Mantendo o mesmo objetivo da operação de 2022, a Curandeiros II também está investigando a denúncia de que supostos médicos estariam exercendo de forma ilegal a profissão médica em unidades de saúde em várias cidades potiguares.
Fraude documental e falsificação de identidade
Segundo o que foi descoberto pelo MPRN até o momento, os suspeitos investigados, além de exercerem ilegalmente a medicina, estavam falsificando informações em documentos médicos e os fornecendo aos pacientes. A fraude incluía o uso indevido dos carimbos de médicos legalmente contratados pelos municípios e a falsificação de suas assinaturas, ampliando assim o escopo e a gravidade dessas práticas criminosas.
Continuação das investigações e perspectivas futuras
As investigações estão em andamento e o MPRN está determinado a combater essas práticas ilegais. A saúde é um direito básico e deve ser provida por profissionais capacitados e legalmente habilitados. O exercício ilegal da medicina pode resultar em sérias consequências para a saúde dos pacientes e, como tal, é uma prática que deve ser veementemente condenada e combatida.