Rogério Marinho acredita em “perseguição”, após ser condenado à perda do mandato
Marinho acredita que juiz foi induzido ao erro e diz que vai ‘continuar senador, para desespero de alguns’
O senador Rogério Marinho (PL-RN) foi recentemente condenado pela Justiça do Rio Grande do Norte à perda do mandato e dos direitos políticos. A condenação decorre de uma ação referente a supostos cargos fantasmas na Câmara Municipal de Natal em 2004, quando Marinho exercia a função de vereador. Nesta sexta-feira (2/6), o senador se pronunciou, acreditando em “perseguição” por ser o líder da oposição do Senado.
Alegações de Marinho e suas implicações políticas
Marinho nega veementemente qualquer irregularidade durante seu mandato. Durante uma coletiva de imprensa no Senado, Marinho expressou sua consternação com a decisão judicial, alegando ser uma perseguição política. O senador prometeu recorrer da decisão, uma medida que pode prolongar seu mandato por um tempo indefinido.
O senador tem desempenhado um papel crucial na oposição no Senado, e sua condenação certamente terá implicações políticas significativas. Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Marinho também ocupou o cargo de ministro do Desenvolvimento Regional, reforçando sua influência política.
A “Funcionária Fantasma” e a decisão judicial
A decisão judicial, publicada na última quarta-feira (31/5), aponta Marinho como responsável por incluir “de forma desleal” a nomeação de uma suposta funcionária “fantasma” no quadro da Câmara Municipal de Natal, causando prejuízo aos cofres públicos. O juiz Bruno Montenegro Ribeiro Dantas observou que a funcionária, que não tinha ciência do seu vínculo com a Casa Legislativa, nunca chegou a exercer regularmente as atribuições dos cargos para os quais foi nomeada.
Marinho promete resistência
Apesar da condenação, Marinho permanece desafiante. Em comunicado, o senador prometeu continuar a lutar e servir ao Rio Grande do Norte e a todos os prefeitos, senadores e eleitores que confiam nele. “Vou continuar senador da República por mais sete anos e sete meses. Isso certamente, para desespero de alguns que se regozijaram com o processo de ontem“, disse Marinho.
Recursos legais e a esperança de Marinho
Marinho planeja recorrer da decisão, utilizando como argumento os prazos já vencidos na ação da Justiça Federal do Rio Grande do Norte. O senador acredita que houve prescrição no processo. Marinho argumenta que a lei de prescrições relacionadas à improbidade administrativa que vigorava na época da abertura do processo definia em cinco anos o prazo prescricional.
Por fim
A condenação de Marinho promete desencadear uma nova onda de turbulências políticas no Rio Grande do Norte e no país. Como um dos líderes mais influentes da oposição no Senado, a eventual perda do mandato de Marinho certamente terá um impacto significativo na dinâmica política brasileira. No entanto, com o senador prometendo recorrer da decisão, a última palavra sobre o seu futuro político ainda está por vir.